Segundo a Abraciclo, a projeção é que o ano de 2019 termine com um crescimento de quase 11% na produção de bicicletas. Ao mesmo tempo, a importação em território nacional totalizou 117,6 mil unidades durante o ano de 2018, de acordo com o então Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Esses números refletem diretamente o aumento da procura por parte do público. Estima-se que o Brasil já tem 70 milhões de ciclistas, o que representa cerca de ⅓ da população do país.
Para atender a essa quantidade de pessoas, a malha cicloviária foi aumentada em 133% em quatro anos nas capitais brasileiras. Só em São Paulo, já há quase 500 quilômetros de ciclovias pela cidade.
Reflexo para o comércio
Para o comércio, esse aumento representa uma excelente oportunidade de negócio. Por meio da Pesquisa Anual de Comércio Varejista de Bicicletas, a Aliança Bike constatou que o faturamento das bicicletarias será maior em 2019 que em 2018.
Enquanto apenas 7% das lojas faturaram mais de R$ 2 milhões em 2018, neste ano a porcentagem promete estar por volta dos 12%. Ao mesmo tempo, os negócios que faturaram até R$ 50 mil caíram de 12% para 7%.
Esses números acompanham o crescimento dos últimos anos, e a tendência é que aumentem cada vez mais com o passar dos anos, assim como tem ocorrido com o mercado global.
A importância da internet
A internet também tem uma participação indispensável no crescimento do mercado. A mesma pesquisa constatou que cerca de 59% das lojas já atuam online de alguma forma, seja por marketplace, plataforma própria ou ambos.
O Clube B2B é um exemplo de empresa que tem se adaptado às novas tecnologias. É um dos braços da Julio Andó, comércio especializado em bikes em 1969, e que hoje, atua no ramo atacadista.
Identificando a carência do varejo de bons fornecedores, lançou em 2018 o primeiro marketplace B2B de bicicletas do Brasil, oferecendo produtos de mais de 30 grandes marcas do mercado com um processo de compra simplificado e inteiramente online.