O projeto de extensão da UENF “Praia com Vida” foi idealizado para aproximar ciência, natureza, pesquisa, educação ambiental e estilo de vida, a uma paixão comum: as praias! O projeto visa popularizar a biodiversidade das praias e conscientizar a sociedade sobre os problemas que esse ecossistema enfrenta e as funções que as praias desempenham para a humanidade.
Atualmente o projeto atua na região Norte Fluminense, nas praias dos municípios de São Francisco do Itabapoana, São João da Barra e Campos dos Goytacazes. Apesar de atuar no âmbito regional, o objetivo para o futuro é conseguir transformá-lo em um projeto de conservação, em escala nacional.
Com foco intenso na pesquisa, diversos artigos científicos foram publicados a partir dos estudos realizados na região. Um desses artigos, intitulado “Maria Farinha em apuros”, publicado na revista Ciência Hoje das Crianças, busca conscientizar o público infantil sobre a necessidade da preservação do caranguejo-fantasma (também conhecido como maria-farinha ou Ocypode quadrata). A revista é voltada para o público infantil e mostra que a ciência faz parte da vida de todos estimulando a curiosidade e compreensão de diversos fenômenos através de ilustrações e experiências.
Um outro foco do projeto é a realização de mutirões para limpeza das praias da região. Segundo o pesquisador Leonardo Lopes da Costa, um dos gestores e idealizadores do projeto, essas ações de limpeza das praias, embora não sejam totalmente eficientes, pois o lixo chega diariamente nas praias, possibilitam o contato com diversos voluntários permitindo a difusão e a disseminação da ciência. “Esses eventos geram um grande engajamento da sociedade, eles têm nos ajudado muito na divulgação das ações através das redes sociais e nas ações de divulgação científica, que é um dos objetivos do projeto, ao simplificar a ciência para uma melhor compreensão das pessoas”, afirmou Leonardo, que realiza seu pós doutorado na UENF.
Nas atividades diárias o projeto conta com bolsistas de extensão, biólogos e voluntários, que percorrem as praias identificando as diversas formas de vida que habitam nosso litoral e também recolhendo uma enorme quantidade de lixo, principalmente plásticos que são deixados pela população em suas visitas às praias. O que para a sociedade é um espaço de lazer, para os animais e plantas que ali vivem, é o seu único lar.