07/02/2024 às 22h23min - Atualizada em 07/02/2024 às 22h23min

Dra. Ângela Campos aborda os direitos dos autistas e os desafios das famílias na busca por inclusão

- Redação
Por: Danyell Braga
Em uma entrevista esclarecedora, a renomada advogada e ativista social Dra. Ângela Campos, que também é mãe de um filho autista, compartilha sua perspectiva sobre os direitos dos autistas e os obstáculos enfrentados pelas famílias na busca por sua implementação plena.

Quando questionada sobre os principais direitos dos autistas atualmente, Dra. Ângela destaca que, embora haja avanços significativos nas últimas décadas, ainda há muito a ser feito para garantir a plena inclusão e o respeito pelos direitos das pessoas com autismo. Ela ressalta que alguns dos direitos fundamentais dos autistas incluem o acesso à educação inclusiva e de qualidade, atendimento médico especializado, terapias adequadas e oportunidades de emprego compatíveis com suas habilidades e necessidades.

A Lei Berenice Piana, sancionada em 2012 no Brasil, é uma importante legislação que visa a proteção e promoção dos direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Denominada em homenagem à Berenice Piana, mãe de um filho autista e uma das principais ativistas na luta pela causa, essa lei estabelece diretrizes para políticas públicas voltadas à inclusão e ao amparo das pessoas com autismo.

Entre os principais pontos da Lei Berenice Piana estão a garantia de acesso à educação inclusiva e de qualidade, o direito a atendimento médico especializado e terapias adequadas, o apoio às famílias e cuidadores, e a promoção de campanhas de conscientização sobre o autismo.

Além disso, a legislação também prevê a criação de centros de referência em autismo, a capacitação de profissionais da saúde e educação para lidar com as necessidades específicas das pessoas autistas, e o estabelecimento de medidas de apoio para a inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho.

A Lei Berenice Piana representa um importante avanço na garantia dos direitos das pessoas com autismo no Brasil, contribuindo para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa com a diversidade. No entanto, ainda há desafios a serem superados para sua efetiva implementação, incluindo a necessidade de recursos adequados, a fiscalização do cumprimento da legislação e a conscientização da população sobre a importância da inclusão e do respeito às diferenças.

No entanto, Dra. Ângela também aponta que muitas famílias enfrentam dificuldades em utilizar esses direitos devido a uma série de fatores. Entre os principais desafios estão a falta de informação e sensibilização da sociedade sobre o autismo, a burocracia e a morosidade na obtenção de serviços e suportes necessários, a escassez de profissionais qualificados e a falta de recursos financeiros para cobrir os custos associados ao tratamento e acompanhamento das pessoas autistas.

Dra. Ângela ressalta a importância de políticas públicas eficazes e de programas de apoio que possam ajudar as famílias a acessarem os direitos de seus entes queridos autistas de forma mais eficiente. Ela enfatiza a necessidade de uma maior colaboração entre governos, instituições, profissionais da saúde e educação, e a sociedade civil para criar um ambiente mais inclusivo e acessível para as pessoas com autismo.

Por fim, Dra. Ângela reitera seu compromisso em continuar lutando pelos direitos dos autistas e suas famílias, e incentiva todos a se unirem nessa causa tão importante para garantir que cada pessoa, independentemente de suas diferenças, tenha a oportunidade de viver uma vida digna e plena.
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