16/07/2019 às 16h13min - Atualizada em 17/07/2019 às 08h53min

Como o turismo responsável auxilia na preservação de espécies

Desmatamento, poluição, construção de hidrelétricas, agricultura em vegetações nativas, caça predatória e o tráfico de animais são as principais causas da extinção de espécies no Brasil. Nesse cenário, o turismo responsável aparece como uma via de mão dupla.

DINO
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O Brasil tem dimensões continentais e paisagens que são um mundo à parte.

O Brasil tem dimensões continentais e paisagens que são um mundo à parte. Rico em destinos, é cada vez mais procurado por viajantes ansiosos por desbravar sua fauna e flora. E esse contato pode ser feito causando o mínimo impacto no ambiente e ecossistemas através do ecoturismo, uma vez que o país possui enorme potencial para o turismo consciente e de aventura. 

Números provam que a natureza é nosso principal atrativo

Os parques nacionais receberam 12,4 milhões de visitas em 2018, aumento de 6,15% em relação ao ano anterior. No mesmo ano, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), o ecoturismo tinha previsão de crescimento de 20%.  Um estudo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) apontou crescimento do Turismo no PIB nacional cresceu 3,1% em 2018, colocando o setor como responsável por 8% da economia nacional, gerando 6,9 milhões de postos de trabalho. Além disso, os gastos de turistas internacionais cresceram 3% no acumulado. Dados do governo apontam mais de 10 mil empresas dedicadas ao setor, gerando um faturamento de US$ 70 milhões.

Biodiversidade e riqueza em todas as regiões

O turista que escolhe vir ao Brasil é surpreendido em cada um dos seis biomas. Segundo o Ministério do Ambiente (MMA), o país é detentor da maior diversidade biológica do mundo. Mesmo com o Sistema de Informação Sobre a Biodiversidade Brasileira(SiBBr), criado em 2014, não existe um programa integrado capaz de abranger toda a diversidade de seu território, algo que gera preocupação, visto que estamos na liderança em espécies com risco de extinção. 

Fauna ameaçada

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), já catalogou 1.182 espécies de animais ameaçados. Na pesquisa de 2018, das 12.254 espécies avaliadas, 1.173 são de animais sob risco de extinção. Isto é, 9,7% estão em vulnerabilidade, perigo e risco extremamente alto de extinção. A maioria desses animais são encontrados na Mata Atlântica e na Caatinga, sendo alguns  endêmicos apenas nesses biomas. 

Entre as várias espécies em risco, há animais de todos os reinos: mamíferos como a Onça-pintada, Gato-macarajá e o Cervo-do-pantanal, bem como as aves, Arara-azul-de-lear e o Mutum-de-bico-vermelho, além dos anfíbios, como a Perereca-de-alcatrazes e o Sapinho-da-barriga-vermelha.   

De quem é a responsabilidade?

Desmatamento, poluição, construção de hidrelétricas, agricultura em vegetações nativas, caça predatória e o tráfico de animais são as principais causas da extinção de espécies no Brasil. Nesse cenário, o turismo responsável aparece como uma via de mão dupla. Os interessados, como a Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (ABETA), estão promovendo consciência ambiental, porém, a prática depende de uma contrapartida. Gestão pública, responsabilidade dos proprietários dos atrativos, fiscalização e apoio da comunidade são fundamentais para manter a natureza intocada, bem como preservar as áreas abertas à visitação e prática de atividades de aventura.  

O ecoturismo promove a preservação e a economia

O turismo em parques federais é, além de ecológico, muito lucrativo. Exemplo disso são os parques de Fernando de Noronha, Iguaçu, da Tijuca e o Parque Nacional da Bocaina. As Unidades de Conservação Federais (UCF), Unidades de Conservação (UCs) públicas, privadas e público-privadas, têm grande capacidade de arrecadação e podem ser uma ferramenta para barrar o desmatamento. 

Para reverter esse quadro, as políticas existentes precisam ser mais eficientes, tanto na conservação e monitoramento dos ecossistemas, quanto na fiscalização das atividades dos fazendeiros. Para essa seja uma pauta que vai além das discussões entre gestores, e faça parte do dia a dia das pessoas, a educação é a chave.

O turismo sustentável desperta a consciência ecológica 

Ao promover atividades como contemplação da fauna e flora, trilhas e caminhada, visitação a cavernas e observação de formações geológicas, bem como expedições e safáris fotográficos, desperta nos visitantes a consciência ambiental através da experiência. O segmento prova que podemos ser responsáveis e sustentáveis, e ainda termos uma relação mais saudável a natureza que nos rodeia. Ao promover a prática de aventura e de contato com a natureza com os esportes radicais, diverte e conscientiza dentro das várias modalidades de passeios e atrativos, como arvorismo, montanhismo, rapel, escalada, boia cross, mergulho,  trilhas e outras dezenas de atividades.

 



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