25/03/2019 às 13h11min - Atualizada em 25/03/2019 às 13h11min
O diálogo como política construtiva
@henriqk32 O diálogo como política construtiva Quando participei na campanha do segundo turno das eleições presidenciais visitamos os bairros da periferia de Campos, as comunidades pobres e localidades da zona rural campista. Foi visível a predileção de grande parte dos moradores pelo candidato do PSL Jair Bolsonaro. Foram quinze dias de campanha ininterruptas com companheiros e companheiras da nossa Esquerda local.
Ouvimos dos moradores sua preocupação com o desemprego, a violência e a corrupção. O que é legítimo. Sabemos que a campanha do candidato da Direita se furtou a discutir seu programa econômico que não visa o combate ao desemprego e a melhoria das condições salariais e de trabalho dos nossos trabalhadores. O candidato e sua militância priorizaram as pautas de costumes, morais para garantir a vitória no segundo turno das eleições. Estamos cientes que a vida privada das pessoas não interfere na melhoria da saúde pública, da educação, no pleno emprego, na assistência social, moradia, infraestrutura, saneamento básico e crescimento econômico. Não foi debatida a proposta de reforma da previdência, esta mesma que privatiza a previdência social pública, em que fundos privados, geridos por bancos serão responsáveis por nossa “aposentadoria” de acordo com a nova previdência a ser votada pelo Congresso Nacional.
O campo progressista precisa dialogar com aqueles que elegeram o atual “governante” deste país. Estes possuem suas preocupações e depositaram suas fichas na Direita que se mostrou como alternativa para melhoria de suas condições de vida, e o que não é verdade, pois a mesma apoiou, no governo Michel Temer em 2016, a emenda constitucional (PEC do Teto) que congela por vinte anos os investimentos do governo em saúde, educação, moradia, transporte, etc.. Como apontei acima a Direita nas eleições presidenciais não discutiram emprego, saúde, educação e renda. Esta emenda constitucional não gera crescimento econômico, nem gera empregos e aumenta a situação de pobreza e de miséria dos mais pobres deste país, um dos mais desiguais do mundo.
Por meio dos erros deste governo temos de conversar com as pessoas, Conversando Com o Povo, sobre a importância de termos proteção social e trabalhista, defender políticas de combate ao desemprego, qualificação profissional: mais acesso dos mais pobres à educação superior (universidades), à educação técnica e tecnológica. Discutir novas políticas de segurança pública com redução das mortes por armas de fogo, tornar mais autônomos e desenvolvidos os nossos municípios, executar medidas de controle social em áreas como educação, saúde e saneamento básico e meio ambiente.
A Esquerda tem um longo e maravilhoso caminho pela frente, pois a luta sempre foi o nome e o sobrenome da Esquerda brasileira. Somos homens e mulheres que acreditamos na justiça social, na liberdade e na igualdade com pilares da democracia com direitos assegurados e garantidos pelo Estado.
Queremos dialogar com você.
Pois estamos com os mais pobres !