09/04/2025 20h38 – Atualizado há 2 meses
A prefeita cassada de Cardoso Moreira, Geane Vincler, resolveu se despedir do cargo com um “presente” para os servidores municipais: um reajuste salarial de 7,5%. Generosa? Visionária? Nada disso. O aumento é exatamente o mesmo índice aplicado ao salário mínimo nacional neste ano. Originalidade administrativa zero, impacto real mínimo.
Mas não para por aí. Como se a coincidência no percentual não fosse suficiente para despertar o ceticismo dos mais atentos, Geane ainda assinou a mudança da data-base dos servidores: saiu de 1º de janeiro e passou para 1º de abril. O resultado? Os servidores, além de receberem um reajuste que mal cobre a inflação, ainda perderam três meses de correção salarial.
Ou seja, o que poderia ser um alívio no bolso virou mais um golpe travestido de boa vontade. A prefeita cassada conseguiu o feito de anunciar um aumento que, na prática, representa menos do que parece — e ainda reduz o impacto financeiro para os cofres públicos às custas do funcionalismo.
Geane Vincler, cuja gestão já vinha sendo alvo de críticas pela falta de diálogo e transparência, preferiu sair de cena com esse ato simbólico: dar com uma mão, tirar com a outra, e ainda sorrir para a plateia como se estivesse aplaudida.
Com isso, os servidores de Cardoso Moreira continuam a viver o velho drama de sempre: trabalham muito, recebem pouco e, agora, ainda veem a reposição anual ser adiada por três meses. A pergunta que fica é: isso é reajuste ou pegadinha institucional?
E para quem achou que a novela do IPTU era o auge do ano fiscal em Cardoso, Geane Vincler deixa claro — sempre dá para surpreender… negativamente.

































