Começa nesta sexta-feira (21) uma das festas mais aguardadas do país, o carnaval. No entanto, para que o feriado não esteja associado a problemas, os foliões devem tomar alguns cuidados.
Neste ano, a disseminação do coronavírus pelo mundo tem preocupado os foliões. Não há circulação do vírus no Brasil, portanto, não existe restrição ou recomendações especiais para viagens em território nacional. Caso o destino da viagem seja o exterior, além de evitar a China, é preciso verificar junto à embaixada ou sites oficiais do país de destino quais as medidas recomendadas pelas autoridades de saúde locais, como vacinas.
De forma geral, o Ministério da Saúde orienta adotar medidas de precaução padrão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente antes de ingerir alimentos, após utilizar transportes públicos, visitar locais com grande fluxo de pessoas como mercados, shopping, cinemas, teatros, aeroportos e rodoviárias. Se não tiver acesso a água e sabão, use álcool em gel a 70%; - Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos e outros utensílios; - Evitar tocar mucosas dos olhos, nariz e boca sem que as mãos não estejam higienizadas; - Proteger a boca e o nariz com um lenço de papel (descarte logo após o uso) ou com o braço (e não as mãos) ao tossir ou espirrar.
No entanto, se a pessoa viajou para a China, nos últimos 14 dias, e apresentou sintomas como febre, tosse ou dificuldade para respirar, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente e informar detalhadamente o histórico de viagem recente, além dos sintomas.
“Usar camisinha é uma responsa de todos”
Neste ano, a campanha do Ministério da Saúde reforça a importância do uso do preservativo com o slogan “usar camisinha é uma responsa de todos”. Para o Carnaval deste ano, a pasta distribuirá 128,5 milhões de preservativos para todo o Brasil. Ao todo, 570 milhões de preservativos e géis lubrificantes estarão à disposição da população neste ano para que a prevenção seja constante e não apenas nos quatro dias da folia.
O alerta é que o importante mesmo é não deixar de usar o preservativo, que é o método mais seguro contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como HIV, sífilis, herpes genital, gonorreia e HPV, e, também, para evitar uma gravidez indesejada.
A proposta é chamar atenção, principalmente dos jovens de 15 a 29 anos, onde registra-se o aumento das ISTs, durante todo o ano. A campanha lembra que muitas doenças são passadas pelo beijo e, no ato sexual sem proteção (oral, vaginal ou anal), pode haver muitos tipos de contaminação.
Entre as dicas aos foliões, a pasta recomenda: “Vá para a festa disposto a se divertir com tranquilidade e responsabilidade. Afaste a ideia de que ‘no carnaval tudo pode’, pois esse pensamento pode trazer graves consequências para a sua saúde e complicações para a sua vida depois que a festa passar”.
Assédio sexual
“Carnaval não é desculpa, a roupa dela não é desculpa, bebida não é desculpa” para o assédio. Esse é o mote da campanha do governo federal para prevenir o assédio sexual no período de carnaval — “Assédio é Crime. #NãoTemDesculpa”. A ação será realizada até o dia 29 de fevereiro, em resposta ao aumento dos registros de assédio sexual e violência contra a mulher nos dias de festa.
A campanha inclui distribuição de materiais como adesivos, camisetas, apitos e leques em 22 estados, com destaque para as principais praças: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Recife (PE) e Olinda (PE). O material instrui que qualquer pessoa que presenciar ou for vítima de assédio sexual e violência, pode e deve denunciar pelo Ligue 180 - Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência.
Assédio sexual é crime previsto em lei. A pena para importunação sexual pode variar entre 1 e 5 anos, sendo aumentada em caso de agravantes.
Segurança
A saúde, contudo, não deve ser o único cuidado dos foliões. Para evitar furtos de objetos pessoais, como joias e celulares, a recomendação é evitar carregá-los para as festas. Caso seja fundamental, não deixar nada visível e com acesso fácil a terceiros.
Para reforçar a segurança, esses objetos devem ser guardados nos bolsos da frente ou em algum tipo de compartimento fechado com botões ou zíper. Se quiser levar bolsa, o conselho é manter à frente do corpo, fechada e sempre à vista.
Antes de sair de casa, tenha certeza de que o celular está carregado e o mantenha em local seguro e discreto.
Mesmo que o folião opte por não levar nada para a festa, é necessário ter documento de identidade. O alerta da Polícia Civil é que a identificação é primordial para o caso de feridas ou confusões.
Crianças
A Polícia Militar do Distrito Federal realiza Campanha de Identificação Infantil para o Carnaval deste ano. Para evitar o desaparecimento dos pequenos foliões, a PMDF disponibiliza, em seu site oficial, o crachá de identificação. O processo é fácil e rápido e pode ser feito em três etapas.
A PMDF também distribuirá pulseiras de identificação infantil em postos montados nos blocos carnavalescos infantis. Segundo a corporação, a pulseirinha facilita a identificação infantil por ser melhor fixada, dificultando a perda. A pulseira será entregue e preenchida por policiais nos postos de identificação dos principais bloquinhos públicos durante o Carnaval.
Para que a folia com as crianças não perca seu brilho, a PMDF dá dicas de cuidados:
- Oriente a criança a não aceitar alimentos ou bebidas de pessoas estranhas; - Jamais aceite convites de desconhecidos; - Oriente ao pequenino para que fique sempre por perto; - Sempre combine um ponto de encontro com as crianças; - Explique à criança que, caso se perca, procure um policial imediatamente. Bebida e direção
O folião também deve se lembrar de não misturar bebida alcoólica e direção nos dias de Carnaval. Apenas no Distrito Federal, além das ações educativas, estão previstas pelo menos 30 operações entre a sexta-feira (véspera de Carnaval) e a Quarta-feira de cinzas.
Segundo o Governo do Distrito Federal (GDF), a medida pretende retirar das vias os condutores que insistirem em assumir a direção do veículo após o consumo de bebida alcoólica.
Telefones
Além das dicas, a recomendação é ter em mãos telefones úteis dos órgãos de saúde e segurança pública em caso de necessidade, como assédio sexual, agressão, mal súbito ou outras situações de emergência:
Central de Atendimento à Mulher – 180 Disque Direitos Humanos – 100 Disque Denúncia - 181 Polícia Militar- 190 SAMU - 192 Corpo de Bombeiros - 193 Defesa Civil - 199