Um dos marcos arquitetônicos e históricos de São Paulo, o antigo Hospital Matarazzo, está passando por uma grande transformação para se tornar um novo símbolo da capital paulista: Cidade Matarazzo. Localizado próximo à Avenida Paulista, o empreendimento conta com a restauração de prédios centenários e a construção de novas estruturas para o complexo.
Fundado em 1904, e oficialmente batizado de Hospital Humberto Primo, ele passou a ser reconhecido pelo nome de um de seus administradores, o conde Francesco Matarazzo. Seus edifícios são tombados pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico (CONDEPHATT), e entre eles estão a Capela Santa Luzia, de 1922, e a maternidade Condessa Filomena Matarazzo, fundada em 1943, e que agora abrigará um complexo hoteleiro. Com abertura parcial ainda em 2021, o Cidade Matarazzo também contará com um espaço cultural e o maior parque privado de São Paulo. Tudo isso respeitando à memória do local e o projeto arquitetônico original dos italianos Luigi Pucci e Giulio Micheli.
A MPD Engenharia foi responsável por parte de toda essa remodelagem, que teve suas obras concluídas no último mês. A construtora atuou nas obras de revitalização da centenária e tombada Capela Santa Luzia, além da construção do zero do novo edifício Ayahuasca, que abrigará um centro corporativo, espaço de convenções e ampla área de estacionamentos. A empresa também concebeu o túnel que liga o centro de convenções à Torre Mata Atlântica, outra nova edificação do Cidade Matarazzo.
O moderno prédio, que abrigará o centro de convenções e escritórios do complexo, conta com 140 mil m² de área construída, distribuídos em oito pavimentos subterrâneos, abrigando o estacionamento e o centro de convenções, além do térreo e mais seis pisos superiores para os escritórios. Já o túnel que conecta o Ayahuasca com a Torre Mata Atlântica, destinada ao Hotel Rosewood São Paulo, possui mais de 25 metros de comprimento.
Devido às escavações realizadas abaixo das fundações da Capela Santa Luzia, foi necessária a restauração da igreja, e isso também ficou a cargo da MPD. Respeitando as diretrizes do CONDEPHAAT, foram realizados reparos externos, buscando a recuperação dos elementos construtivos, bem como da vedação, envasaduras, acabamento e ornamentação. Já na parte interna, as intervenções apresentaram soluções em acordo com às especificações tipológicas, espaciais e arquitetônicas da capela, com o intuito de valorizar o seu espaço e ornamentação internos.
Também foram feitas recuperações estruturais em seu telhado, nas coberturas superiores e laterais da nave central, da cobertura da cúpula da capela, de todo o embasamento e fachadas do edifício, recuperação do piso e revitalização do forro, e reforma das paredes internas. Além disso, os ornamentos internos e externos, assim como elementos especiais como a escadaria frontal em blocos de granito, foram reformados. Os caixilhos e vitrais também passaram por limpeza e restauro, e as portas frontais, posteriores e internas, de madeira maciça, também foram revitalizadas.
“A Capela Santa Luzia e todo o antigo Hospital Matarazzo são símbolos de São Paulo, e carregam um grande peso arquitetônico da história dessa cidade. Fazer parte desse projeto foi motivo de orgulho, e uma grande responsabilidade, para nós”, explica Nilson Soares Filho, Diretor de Operações da MPD Engenharia. “O futuro complexo Cidade Matarazzo unirá toda a memória da São Paulo histórica com essa inovação cultural, sempre respeitando o valor que esse lugar carrega”, conclui o profissional.