Em tempos de crise econômica e altos índices de violência nas cidades, muitas pessoas têm optado pelas Associações de Proteção Veicular para ter acesso à assistência automotiva. De acordo com o Sindicato Nacional das Empresas de Proteção Veicular (Sinprovec), somente o mercado do Rio de Janeiro possui cerca de 250 Associações, protegendo cerca de 700 mil veículos – o que representa mais de 10% da frota do estado -, gerando 7.500 empregos diretos e 21 mil indiretos.
Entre as vantagens deste tipo de modalidade está o valor mais baixo para a contratação do serviço, uma vez que as Associações de Proteção Veicular funcionam em sua essência como clube de benefícios, onde os associados partilham benefícios e serviços para automóveis em emergências como roubo, furto, incêndio, colisão, danos a terceiros e assistência 24 horas, como guinchos e reboques, além de serviços de monitoramento de veículos.
“Elas são constituídas por integrantes da sociedade civil que, diante de dificuldades encontradas para exercerem a proteção de seus veículos, reúnem-se em torno de ente associativo, a fim de ratear eventuais prejuízos decorrentes de eventos protegidos, utilizando, para tanto, recursos captados entre os membros da instituição, tendo como base o mutualismo e o princípio da livre associação”, explica Julio Backx, presidente do Sinprovec, ressaltando que as Associações que seguem a legislação brasileira trabalham com ética e transparência para com seus associados.
De um modo geral, qualquer pessoa pode aderir a modalidade, já que não é feita a análise do perfil de risco do indivíduo e é preciso apenas que seja feita uma inspeção do veículo. A partir daí, há o pagamento da taxa de adesão e da mensalidade para que a proteção já comece a vigorar.
“O mercado, dinâmico como é, passou a buscar alternativas de proteção veicular para o público recusado pelas seguradoras, quer seja por critérios de seleção de riscos via o perfil do segurado, quer seja pela não aceitação do veículo pela idade (mais de dez anos). O modelo adotado pelas entidades associativas tem dado resultados para aqueles que se propõem a não abrir mão de mecanismos de proteção de seus bens, uma vez que o modelo tradicional passou a não mais atendê-los em suas necessidades básicas”, completa o presidente.