O mercado brasileiro de rastreamento cresceu muito nos últimos anos, um levantamento feito em 2018 pelo Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN) revela que o país conta com uma frota de mais de 98 milhões de veículos. Com aumento de demanda pelo monitoramento e gestão de veículos e cargas e também pelo barateamento das tecnologias envolvidas. Com o baixo custo da conectividade 2G e dos módulos de SIM Card desta tecnologia cada vez mais baratos, os fornecedores do mercado de rastreamento veicular conseguem prestar serviços com valores bastante atrativos ao público final. Porém há um ponto de inflexão de investimento que precisa ser notado o quanto antes: Com mais de 3 milhões de veículos rastreador no país, a grande maioria depende da tecnologia 2G para transmitir as informações de localização. Com esta rede de dados cada vez mais fragilizada, é eminente a necessidade de troca de equipamentos para versões mais novas. O potencial deste novo mercado supera a marca de USD 150 milhões nos próximos 24 meses.
Com foco em soluções disruptivas para o mercado de Rastreamento Veicular, a KORE Brasil, organização global de conectividade, traz ao país o primeiro rastreador veicular comercial com tecnologia 4G CAT-M1. O equipamento escolhido foi desenvolvido pela Queclink, empresa de dispositivos e soluções máquina-a-máquina (M2M) sem fio. O equipamento escolhido, o GV50MB (versão exclusiva ao mercado brasileiro) também possui uma antena receptora com tecnologia 2G como redundância de conectividade. Desta forma, este dispositivo se torna à prova de futuro, permitindo conectar-se à rede de dados 2G utilizada pelo mercado atualmente, e minimiza no longo prazo os impactos financeiros e logísticos da transição da tecnologia para a rede 4G.
A homologação do rastreador foi feita pela KORE Brasil junto à Anatel, agência reguladora de telecomunicações, em parceria com o Instituto Eldorado e o OCD NCC. O processo envolveu laboratórios em diferentes países, pois a tecnologia nunca havia sido implantada em território nacional e possuía detalhes técnicos desconhecidos pelos agentes locais. Os ajustes e configurações nos equipamentos usados nos laboratórios foram essenciais para que os testes seguissem as diretrizes da agência reguladora brasileira. O projeto iniciado no final de 2018 contou com equipes do Brasil, Estados Unidos e China. Com a homologação dos primeiros dispositivos, justifica-se o lançamento da rede 4G CAT-M1 em todo o país.
Motivadores do Projeto
"Com a chegada cada vez mais próxima da tecnologia 5G no mercado brasileiro, com leilão previsto para o primeiro trimestre de 2020, nos aproximamos também do desligamento da rede 2G. Essa informação causa preocupação entre alguns empresários, que não conseguem ter clareza do período exato que esta migração irá ocorrer, e qual será a tecnologia substituta para permitir a continuidade dos negócios", afirma o vice-presidente sênior da KORE Brasil, Sérgio Souza.
A rede 4G LTE (Long Term Evolution – "Evolução de Longo Prazo" em tradução livre) foi concebida pensando no futuro, permitindo desenvolvimento de novas categorias de velocidade e aplicações usando a mesma infraestrutura. Entre as vertentes tecnológicas está o 4G CAT-M1 que é a Categoria Móvel 1, orientada à conexão de dispositivos da Internet das Coisas e Comunicação Entre Máquinas. Esta tecnologia apresenta diversas vantagens, e entre elas destaca-se o melhor aproveitamento da rede, com otimização no consumo de dados, o prolongamento da vida útil das baterias dos equipamentos com testes mostrando dispositivos conectados por cinco anos sem necessidade de troca de bateria, e uso da rede para atualização de firmware de maneira muito mais rápida do que atualmente na rede 2G. Além destes pontos, seguindo as tendências apontadas pelo Plano Nacional de IoT, os custos associados aos planos de dados poderão ser menores, permitindo a criação de novos modelos de negócio seguindo a massificação de dispositivos conectados.
Agora os empresários que atuam no ramo de rastreamento e recuperação veicular, contam com um caminho seguro para planejar a transição de tecnologia de rede com a troca programada de dispositivos que são à prova de futuro, contando com o apoio de líderes em soluções IoT no mercado brasileiro para proteger o seu investimento em rastreadores.