Divulgação/Assessoria O mundo moderno tem demandado um alto volume de profissionais capacitados para atuar frente às áreas de TI. Dados da Brasscom, a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, revelam que num período de cinco anos, entre 2021 e 2025, o país deve contar com 797 mil vagas para o setor, mas atualmente forma apenas cerca de 53 mil pessoas por ano. Sendo assim, nos próximos dois anos, haverá a necessidade de meio milhão de profissionais para atuação no setor.
Com um enorme mercado a ser desbravado, os CEOs da Alterdata Software, Ladmir Carvalho e José Ronaldo da Costa, decidiram investir em um projeto gratuito com o objetivo de capacitar jovens de todo o Brasil, com conhecimentos de programação voltados a estudantes de escola pública, moradores de áreas periféricas e em situação de vulnerabilidade econômica/social. Durante seis meses, a Associação Sem Fins Lucrativos intitulada “Projeto Galileo”, oferece um curso de programação trainee, oferecendo oportunidades e conhecimentos.
“São basicamente três questões que precisamos observar: existe um mercado para essa profissão, que é muito importante, bem remunerada e que o mundo todo precisa. Muitas empresas da Europa e da América precisam desses profissionais e contam com brasileiros. O segundo ponto é: muitas das vezes faltam oportunidades para crianças que nasceram em famílias com classe social um pouco menor, são estudantes de escolas públicas e têm seus sonhos bloqueados pelas limitações deste cenário. Em terceiro lugar precisamos nos atentar a um grupo enorme de pessoas que vivem no Brasil e fora dele para que famílias quebrem o ciclo da pobreza e muitas vezes não sabem como fazer, além de se decepcionar com trabalhos de ONG’S que não tem credibilidade. E justamente essa tríade que moveu a criação do projeto galileo”, explica Ladmir Carvalho, Presidente da Alterdata Software.
As famílias são treinadas em Escolas Públicas do Brasil e comunidades, além de entrevistadas por equipes de psicologia. Os jovens também passam por avaliações para identificar as pessoas aptas a participarem do projeto. Na sequência todos são incluídos em um banco de apadrinhamento, onde grandes empresas como Itaú, O Boticário, Multimarket, XP Investimentos e outras, aplicam um valor mensal e recebem informações sobre o desenvolvimento do afilhado, evolução no curso, dificuldades e empenho no projeto, trazendo credibilidade e a certeza de que tal contribuição está sendo útil no cotidiano daquela família.
Após a realização de todo o curso, os responsáveis pelo projeto Galileo acionam grandes empresas, com o objetivo de articular vagas para os profissionais trainee que concluíram o curso. O projeto começou na Região Serrana do Rio, em cidades como Teresópolis e Petrópolis, o que rapidamente fez com que se ampliasse por todo o país, já que as aulas acontecem em modelo home-office.
“Estamos vivendo uma sociedade abundante e podemos com treinamento colocar esses jovens em contato com universidades, conhecimento e transformação. Precisamos quebrar esse ciclo e fazer com que o país seja o centro do desenvolvimento tecnológico, assim como aconteceu com Teresópolis, que é uma cidade pautada na agro economia e no turismo rural, mas hoje tem a maior empresa de tecnologia do Estado do Rio. Quando começamos essa história não tínhamos acesso a muitas coisas. Mas fomos capazes de obter conhecimento e treinamentos que possibilitaram o surgimento da Alterdata e a essência foi essa: luta, conhecimento e progresso. Muitos funcionários chegaram aqui sem muitas possibilidades e conseguiram passar por cima de tudo, fazer suas faculdades e chegar a níveis mais altos. É totalmente possível e nós queremos fazer parte disso”, diz o CEO José Ronaldo da Costa.
Histórias que inspiram: Com mais de 400 alunos já formados, turmas em toda a Região Serrana do Rio, além de Cuiabá, São Paulo e até na capital, o Rio de Janeiro, o projeto Galileo reúne vários exemplos de sucesso através de seus alunos. E os preparativos para a próxima turma já estão a todo vapor. As inscrições podem ser realizadas pelo site do projeto na internet: www.projetogalileo.com.br
“Um dos exemplos que tivemos aqui foi de um aluno que me marcou muito. Ele havia feito todas as provas, mas não tinha um notebook para fazer o curso. Foi um desespero, mas conseguiu através de uma vaquinha da família. Enquanto fazia as aulas, esse rapaz foi contratado para trabalhar em uma empresa. A irmã dele adorou ver essa evolução e também quis fazer o curso. Foi aprovada, mas passou pelo mesmo problema. E aí, que a chave começa a virar: dessa vez, o irmão foi quem ajudou na compra do notebook e ambos precisaram rapidamente trabalhar em home-office. Conclusão: a casa ficou pequena e eles alugaram um outro imóvel, pois já tinham o salário dos dois. Esse é um exemplo de como se pode mudar a vida de toda uma família”, pontua Ladmir Carvalho.
Sobre o curso: As aulas são oferecidas pela escola de inovação tecnológica Tech4me, através de um grupo composto por profissionais que atuam no mercado de TI e aliam teoria e prática fazendo o processo acontecer de forma natural. Há turmas voltadas para backend, frontend, metodologias ágeis, além de testes e qualidade de software. Os candidatos passam por um processo seletivo montado por um time multidisciplinar de especialistas, com entrevistas e avaliações em que se busca avaliar o perfil técnico e também comportamental.
Podem se inscrever jovens com idade entre 15 à 24 anos e cursando a partir do 2º ano ou concluintes do ensino médio em escolas públicas, instituições educacionais beneficentes (associações ou fundações) e escolas privadas na condição de bolsistas integrais, priorizando aqueles com renda familiar bruta de até 4 salários-mínimos.
Conseguimos trazer acesso para essas pessoas, assim como foi comigo e com meu sócio. Nós viemos do ensino público, construímos um legado baseado no trabalho e acreditamos que também podemos fazer isso reverberar pelo Brasil.