23/05/2023 às 17h01min - Atualizada em 24/05/2023 às 00h03min
Empresa compra direito creditório de donos de carros equipados com airbag Takata
Empresa gera valor não previsto para cerca de 3 MM de consumidores brasileiros impactados pelo escândalo global dos airbags. Processo para a venda de crédito é todo online, feito pela plataforma da empresa.
SALA DA NOTÍCIA Tatiana Andrade de Lima
Arquivo pessoal. Regera compra direito indenizatório de donos de carros com airbag defeituoso produzido pela Takata Empresa gera valor não previsto para cerca de 3 MM de consumidores brasileiros impactados pelo escândalo global dos airbags. Processo para a venda de crédito é todo online, feito pela plataforma da empresa. A REGERA está comprando o direito creditório (indenizatório) de proprietários de veículos com airbags Takata no Brasil. O consumidor poderá escolher receber R$ 250,00 após a análise da documentação ou 70% do valor da compensação (hoje estimada em R$ 7.000). São dezenas de modelos de carros produzidos por 14 montadoras, entre elas a Toyota, Nissan, Fiat e Volkswagen. Todos os consumidores que são ou foram proprietários destes veículos até a data do anúncio do recall estão elegíveis ao crédito ou ao pedido de indenização. Para saber se o veículo está entre os impactados pelo problema, o consumidor deve acessar o link: https://regera.com.br/airbags/montadoras/ “A REGERA compra créditos relacionados a danos causados por grandes corporações a muitos consumidores. Neste caso, a compra é focada no dano moral causado pelas montadoras que, mesmo sabendo do risco oferecido pelos airbags fabricados pela japonesa Takata, demoraram anos para fazer o recall”, afirma Bruno Dollo, fundador da REGERA. A empresa compra o crédito do consumidor, que escolhe receber no curto prazo, após a aprovação da documentação, ou uma quantia maior ao final do processo, em caso de acordo administrativo ou ganho na justiça. O prazo para análise dos documentos é em média de 30 dias e, se o cadastro for aprovado, o pagamento será feito em até 48 horas. Por outro lado, a REGERA assume o risco, fica responsável por precificar, gerir e auditar o processo de recuperação do crédito do início ao fim. “Além da vantagem financeira sem risco ou custo para o consumidor, nosso objetivo é provocar um impacto social ao oferecer a possibilidade a milhares de consumidores de buscarem seus direitos perante a grandes corporações e na própria mudança de comportamento das empresas frente aos direitos dos consumidores”, explica Bruno Dollo, fundador da empresa. O caso dos airbags envolve as maiores montadoras do planeta e culminou com a falência da japonesa Takata em 2017, fabricante dos dispositivos. O problema é que os insufladores usados apresentam trincas e infiltração de umidade. Assim, quando o airbag é deflagrado, a abertura é forte demais, estilhaçando a peça, atirando pedaços de metal contra os ocupantes e causando ferimentos que podem ser fatais. De acordo com matéria publicada pela Consumer Report, somente nos Estados Unidos, 67 milhões de airbags passaram por recall, 19 mortes e mais de 400 feridos foram associados ao problema. No Brasil, os números também são impactantes. Embora não exista um número oficial, a estimativa é que 2,4 milhões de veículos ainda circulem no país com problemas nos dispositivos e ao menos 3,9 milhões tenham sido relacionados para recall. Ao menos duas pessoas morreram no país. No Brasil, as montadoras envolvidas no escândalo são Audi, BMW, Chevrolet, Ferrari, Fiat (incluindo Chrysler, Dodge RAM e Jeep), Ford, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Renault, Subaru, Toyota, Volvo e Volkswagen. A REGERA não está comprando os créditos relacionados a veículos da Honda porque entendeu que a montadora tomou as medidas necessárias para minimizar o risco de seus clientes. A REGERA é a primeira plataforma digital independente focada na originação e gestão de créditos consumeristas padronizados em escala. Seu modelo de negócio inovador destrava a possibilidade de uma receita não prevista e melhora o senso cívico para milhões de consumidores. Causas Essa não é a primeira vez que a REGERA compra créditos referente a uma causa no segmento automotivo. A empresa está comprando os direitos creditórios de consumidores impactados pelo Dieselgate, da Volkswagen. Além do segmento automotivo, também está com as seguintes causas: - Venda casada de carregadores Apple
- Venda casada de carregadores Samsung
- Obsolescência programada Apple