Como já dizia o poeta, todo Carnaval tem o seu fim, mas nada melhor do que matar a saudade da folia mais tradicional e contagiante do Brasil com mais animação. Pensando nisso, o Baianas Ozadas e a Lá e Cá Produções realizam uma Ressaca de Carnaval, que acontece no dia 19 de março, domingo, a partir das 11h, na Feira do Mineirinho (Av. Antônio Abrahão Caram, 1000, Pampulha).
O evento, que pela programação de peso é a maior ressaca com os blocos de rua do Carnaval 2023, é patrocinado pela Cemig e Brahma, por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais, além de patrocínio direto da Esportes da Sorte. Dentre os shows, a banda do bloco Baianas OZadas recebe como convidados o Funk You, Bartucada, Baianeiros e Batuque Coletivo, além dos shows de estreias do Quinteto Banda Mole e Mini Bateria Ozada. Para a criançada, uma programação infantil recheada, com Os Baianinhas, atrações de circo, pintura facial e muito mais.
De acordo com Geo Ozado, fundador e vocalista do Baianas Ozadas, o evento é uma maneira do folião sentir novamente a energia do Carnaval e se despedir em grande estilo da festa, que em Belo Horizonte foi uma das maiores do Brasil. “Nesta retomada da festa em 2023, os blocos de rua mostraram mais uma vez a força do carnaval de BH, superando todas dificuldades e mostrando, de fato, do que é capaz, reunindo milhares de pessoas com alegria e muita música nas diversas avenidas da cidade. Pra matar essa saudade, nada melhor do que poder reunir boa parte dos grandes blocos nessa Ressaca de Carnaval e com surpresas”, comentou.
Baianas Ozadas
Fundado em 2012 no dia 19 de fevereiro, pelo jornalista e músico baiano Geo Cardoso, que mais tarde adotou como nome artístico “Geo Ozado”, o Baianas Ozadas dissemina entre os mineiros a cultura e musicalidade do estado natal do seu criador. Foi o bloco responsável por “baianizar” a folia belo-horizontina, sendo recordista de público e transformando a segunda-feira num grande Carnaval popular no centro da cidade. No ano da fundação, o grupo era apenas uma ala de sete pessoas, o idealizador entre familiares e amigos, que despretensiosamente, queriam curtir a folia que novamente floresceu na capital. A partir de 2013, foi formada a primeira bateria de rua do Baianas Ozadas, adotando uma temática a cada edição, com crescimento vertiginoso ano a ano.
Em 2017, reuniu um público de 500 mil foliões, divulgado pela imprensa, sendo, possivelmente o recorde da festa momesca na capital, pois à época não existiam tantos grandes blocos para disputar os foliões. Com a impossibilidade de celebrar os 10 anos de fundação em 2022, por conta da pandemia da Covid-19, o Baianas Ozadas realizou um cortejo histórico na segunda-feira de Carnaval.
Os Baianinhas
A tradição de oferecer às crianças a abertura oficial do desfile do bloco Baianas Ozadas foi criada no carnaval de 2017 e já é uma atração à parte durante o cortejo. A ala infantil Os Baianinhas caiu no gosto do público e hoje possui uma agenda independente do bloco oficial.
A ala infantil foi iniciada com cerca de 30 crianças, com idades de cinco a doze anos, sempre com a apresentação no início do desfile. No carnaval de 2018, o arte-educador Geovanne Sassá, que integra o Tambolelê, assumiu a ala infantil e criou a banda para se apresentar em eventos infantis, parques, shoppings e escolas. Desde então, nos pré-carnavais, a agenda tem se movimentado cada vez mais. No repertório, músicas com temática infantil como Mundo Bita, Palavra Cantada, algumas adaptações do repertório do Baianas, canções do Sassá e muitas outras, tudo com arranjos mais delicados para atingir o público infantil.
Formada a partir do conceito do bloco Baianas Ozadas, a Mini Bateria Ozada será lançada na Ressaca de Carnaval e preserva a mesma energia que contagia o público. É conduzida por um dos cantores do bloco, e um formato menor da bateria, que conta com surdos (fundos e dobras), repiques, timbaus e caixas, sob a direção do respeitado mestre da percussão, Leonardo de Lima (Leléo).
Funk You
O bloco Funk You foi criado em dezembro de 2016 a partir da vontade de uma turma de amigos em participar da folia na capital mineira. O sucesso foi enorme e logo em seu primeiro desfile, na segunda-feira de carnaval de 2017, reuniu quase 40 mil pessoas que curtiram a proposta da iniciativa em tocar um estilo musical ainda não explorado pelos blocos já existentes na cidade: o funk brasileiro.
Mesmo com pouco tempo de preparação para a folia de 2017, a turma se empenhou para criar uma batida inovadora, com instrumentos de percussão de samba em ritmo de funk, além de uma identidade visual marcante, composta por boné de aba reta e camisa estampados. Em 2020, o número de foliões ultrapassou os 200 mil, no trajeto da Praça 7 até a Praça da Estação. No grande retorno pós-pandemia, neste ano, mais de 350 mil pessoas acompanharam o cortejo.
Baianeiros
Baianeiros, uma mistura de Minas com Bahia, foi criado no carnaval de BH em 2015 pelos amigos Lelo Lobão, (baiano e ex-baixista da banda Chiclete com Banana) e Danniel Maestri (mineiro e cantor), fundadores do bloco, que se tornou referência de folia, de energia, de carnaval, arrastando uma multidão de foliões em dois dias de desfile, pelas ruas do bairro Castelo, e da Savassi.
Bartucada
Com meio século de história, a banda nasceu da reunião de filhos de tradicionais famílias diamantinenses e surgiu no carnaval de 1972, através de uma batucada descompromissada, que buscava na época trazer para os becos e ladeiras o carnaval que até então era restrito aos salões da sociedade ou visto apenas em desfiles de alguns blocos e escolas de samba da cidade.
O nome Bartucada é uma integração de bar com batucada. O símbolo da banda é formado por um círculo dividido em metade vermelho e outro amarelo, um representando a lua e o outro o sol e seus raios, fazendo assim uma alusão ao estilo peculiar das apresentações carnavalescas, que começam à noite e vão terminar já com o nascer do sol.
Batuque Coletivo
A palavra mar remete claramente a cor azul. Mas no Carnaval de Belo Horizonte, a cor do mar é o extremo oposto, é vermelha. A água é o suor, as ondas são de alegria e quem arrasta a multidão é o som de uma das baterias mais afiadas da capital mineira. Esse é o Batuque Coletivo, que após três anos de espera, retornou à avenida com o seu Mar Vermelho e que também vai agitar a Ressaca de Carnaval na Feira do Mineirinho.
Quinteto Banda Mole
Representantes do bloco pré-carnavalesco mais tradicional de Belo Horizonte, com quase cinquenta anos de história, o Quinteto Banda Mole estreia com sua formação além do período momesco. O repertório tem como base o samba tradicional, mas com um passeio por outros ritmos como o ijexá, samba reggae, brasilidades e até um pouco de "brega”.
Serviço
Ressaca de Carnaval
Data e horário: 19 de março - domingo – 11h
Local: Feira do Mineirinho - Av. Antônio Abrahão Caram, 1000, Pampulha
Evento gratuito