A partir desta segunda-feira (25) as aulas presencias são obrigatórias na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro. Cerca de 725 mil alunos são esperados nas escolas. Os alunos e professores serão obrigados a usar máscaras.
A decisão pelo fim do ensino híbrido (presencial e remoto) foi publicada no Diário Oficial na semana passada. De acordo com a secretaria de Educação, a maioria dos profissionais de ensino está com o esquema vacinal completo.
Pais e alunos fazem protesto pedindo retorno às aulas presenciais no Colégio Pedro II Mais de 95% dos funcionários dos colégios tomaram a primeira dose e mais de 85% já receberam a segunda ou a dose única. Os jovens de 12 a 17 anos, faixa etária dos alunos da rede, já estão sendo vacinados.
O governador Claudio Castro e o secretário de Educação vão explicar a decisão da volta ao ensino presencial em entrevista no Palácio Guanabara na manhã desta segunda.
Busca ativa Em coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (25), o secretário de Estado de Educação, Alexandre Valle, afirmou que o governo irá trazer de volta às escolas os alunos que ainda permanecem em casa.
"A partir dos próximos dias, o Governo do Estado apresentará um programa de busca ativa que envolverá mais de nove mil mulheres e 1,5 mil assistentes sociais. Essa é uma preocupação constante: o retorno desses alunos à sala de aula".
Cenário tranquilizador Na mesma coletiva, o secretário de Saúde, Alexandre Chieppe, afirmou que o atual cenário epidemiológico justifica o retorno às aulas presenciais.
"Quando olhamos para os indicadores epidemiológicos do estado, estamos hoje com parâmetros pré-pandêmicos, com a menor taxa de incidência da série histórica. Também temos a menor taxa de mortalidade. O número de atendimentos em UPAs também é o menor desde quando começamos a monitorar. Hoje temos 23% de ocupação de leitos de enfermaria e pouco mais de 30% leitos de CTIs. O cenário de Covid no estado do Rio é bastante tranquilizador, muito por conta da vacinação, que vem avançando de forma satisfatória".
Segundo ele, mais de 75% da população do estado está vacinada com duas doses e em torno de 60% da população com as duas doses.
"A expectativa é que cheguemos ao fim do ano com 100% do público-alvo vacinado com a primeira dose e grande parte desse público vacinado com a segunda dose".
Veja perguntas e respostas sobre a volta:
O retorno é obrigatório? Sim. Somente alunos com comorbidades poderão optar em continuar estudando em casa.
Quais são as comorbidades? A Secretaria Estadual de Saúde ainda não especificou. Uma possível lista, ainda não confirmada, é a usada para as exceções ao retorno dos servidores ao expediente presencial:
Cardiopatias graves ou descompensadas (insuficiência cardíaca, infartados, revascularizados, portadores de arritmias, hipertensão arterial sistêmica descompensada) e miocardiopatias de diferentes etiologias (insuficiência cardíaca, miocardiopatia isquêmica); Pneumopatias graves ou descompensados (dependentes de oxigênio, asma moderada/grave, DPOC); Imunodepressão e imunossupressão; Doenças renais crônicas em estágio avançado (graus 3, 4 e 5); Doenças cromossômicas com estado de fragilidade imunológica; Neoplasia maligna (exceto câncer não melanótico de pele); Doenças hematológicas (incluindo anemia falciforme e talassemia).
Vou ter de usar máscara? Sim, o uso do acessório é obrigatório em todos os momentos, exceto na hora da merenda.
Vai ter merenda? Sim, as escolas voltam a oferecer merenda para todos.
O cartão-alimentação vai continuar? Não. Com a volta da merenda nas escolas, o benefício será suspenso — assim como a distribuição de cestas básicas.
Testei positivo para Covid, e agora? Todo caso precisa ser comunicado imediatamente à direção da escola.
A turma precisará cumprir quarentena se alguém pegou Covid? A secretaria ainda não esclareceu.
Como serão as aulas de reforço remotas? A secretaria não passou detalhes, mas já se sabe que essa revisão de conteúdo será oferecida no contraturno. Por exemplo: um aluno que vai ao colégio de manhã vai ter o reforço à tarde, provavelmente pelo Applique-se.