14/02/2020 às 16h07min - Atualizada em 15/02/2020 às 08h00min

Carnaval deve reunir quase 7 milhões de pessoas no Rio de Janeiro

Ao todo, o Brasil deve faturar em torno de R$ 8 bilhões com a folia, um aumento real de 1% em relação ao ano passado.

Ascom
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Os números do Carnaval 2020 dão conta da dimensão e do impacto da festa no Rio de Janeiro: são esperadas cerca de 7 milhões de pessoas, sendo 1,9 milhão só de turistas para o período. Na pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), as atividades turísticas relacionadas à festa neste ano devem alcançar o maior volume desde 2015. Entre as federações, o estado do Rio lidera a movimentação econômica, com cerca de R$ 2,68 bilhões, e supera São Paulo (R$ 1,94 bilhão) e Bahia (R$ 1,36 bilhão). Ao todo, o Brasil deve faturar em torno de R$ 8 bilhões com a folia, um aumento real de 1% em relação ao ano passado.

Com o objetivo de tornar o Rio de Janeiro a capital brasileira do entretenimento e do lazer, com eventos como o Carnaval, o Governo do Rio criou a Subsecretaria de Grandes Eventos, ligada à Secretaria da Casa Civil e Governança.

O economista da FGV, Marcel Balassiano, lembra que o Rio de Janeiro tem a característica do período de "pré-Carnaval" na cidade, que é tão movimentado quanto os dias do feriado.

"Dos três grandes eventos que acontecem no Rio de Janeiro, o Carnaval tem maior impacto do que o Réveillon e o Rock in Rio em virtude da quantidade do número de dias. Se contarmos o período que chamamos de “pré-carnaval”, aumenta ainda mais a movimentação da cadeia produtiva, que vai desde os transportes públicos aos ensaios das escolas de samba nas quadras e nas ruas, além dos desfiles dos blocos carnavalescos. A expectativa para este ano é que os números superem o ano anterior, quando o impacto em geração de impostos ficou em R$ 79 milhões", disse o economista.

Projeção de ocupação em 98% 

Quem vier ao Rio poderá curtir o Carnaval nos 441 desfiles de blocos até o próximo dia 1º de março, quando a festa oficialmente acaba na cidade. Dados do Sindicato dos Meios de Hospedagens do Município do Rio de Janeiro (Hotéis Rio) apontam que a média de ocupação dos hotéis cariocas está em torno de 82,5%%. Em 2019, a pesquisa informou 78%, o que representa um incremento de 4,5 pontos percentuais nas reservas confirmadas. 

Os bairros de Flamengo e Botafogo são os mais procurados, com 89% dos quartos ocupados; seguidos por Barra da Tijuca/ São Conrado com 84%; Centro com 83%; Leme/ Copacabana, 78%; e Ipanema/ Leblon, com 80% de ocupação.

Ainda de acordo com o levantamento, a maior parte dos turistas de estados brasileiros é de São Paulo, seguido por Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal. Já de origem estrangeira, os argentinos lideram a procedência, seguidos pelos norte-americanos, italianos e franceses. 

"Do calendário de eventos, é a maior data do Rio de Janeiro e, portanto, de ocupação, de receitas e de número de turistas estrangeiros na cidade. Devemos chegar aos 98% de lotação dos hotéis durante o período", projetou o presidente do SindHotéis Rio, Alfredo Lopes. 

Empregos temporários

Para atender ao aumento sazonal de demanda, a CNC estima a contratação de 25,4 mil trabalhadores temporários entre janeiro e fevereiro deste ano no país – 2,8% a mais do que no carnaval de 2019 (24,7 mil). Com aproximadamente 18,2 mil vagas oferecidas, o segmento de serviços de alimentação deverá proporcionar cerca de 71% das oportunidades de emprego.

Confirmada a previsão, a oferta de vagas por parte das atividades que compõem a pesquisa alcançaria, em 2020, o maior contingente de temporários desde 2014 (55,6 mil postos de trabalho). 

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