Um mundo digital tem se formado de forma muito mais intensa diante dos olhos de todos. A Era Digital traz uma nova forma de encarar os relacionamentos. E os questionamentos surgem, entre eles está: como criar e me relacionar com meus filhos? Não são poucos os pais que tem dificuldades em saber como lidar e ensinar as crianças em um tempo que a individualização se acentua com o uso de aparelhos eletrônicos.
Para que esta barreira de individualidade e a dificuldade de um diálogo aberto, entre os pais e a criança possa ser superada, o remédio pode não ser outro, é necessário um relacionamento próximo e direto. E para que isso aconteça existem uma série de atividades que podem ser empregadas, mas aqui iremos nos ater apenas a uma e seus benefícios: contar histórias para as crianças.
O contador de histórias
Essa é uma atividade muito antiga. Não é possível datar sua criação pois, contar histórias, desde os tempos remotos faz parte da construção social de valores e costumes. Todos já contaram e ouviram histórias ao longo de nova vida. E, segundo a Fundação ABRINQ, o hábito de contar histórias “exercita a proximidade e auxilia para que pais e filhos construam juntos um ambiente de confiança e contato, principalmente em famílias com a vida mais corrida. A medida que a criança vai crescendo, pode ser mais fácil de estabelecer espaços de conversa com os pais depois.”
Não há contraindicações. Pelo contrário, existem inúmeros benefícios sociais e psicológicos para as crianças. Um destes benefícios é a passagem de valores para os filhos. Ao ouvir histórias a criança estará em contato com narrativas diversas que apresentarão para ela o certo e o errado. Ela poderá aprender como se portar diante de situações conflituosas e de perdão.
Como exemplo disso temos a autora do livro infantil “O fantasma Morte” (entre outros títulos) Ana Cristina Felipini, que começou a contar história para um de seus filhos após vê-lo em conflito com um colega. Segundo a autora seu filho mais velho, Pedro, não ouvia as repreensões que fazia, o que tornava mais difícil discipliná-lo. Mas após o incidente com seu colega em um parquinho ela teve a ideia de contar uma história. Esta história trazia uma reflexão sobre uma situação similar ao que seu filho passou. No dia seguinte ao conto, Pedro veio até sua mãe querendo saber como retratar com seu amigo.
Este é um exemplo prático de que contar histórias podem trazer valores para as crianças, principalmente de humildade e reconhecer o que é certo e o errado.
Desenvolvimento social
Além de trazer um benefício moral, contar histórias podem trazer um melhor comportamento para a crianças. Como visto anteriormente, contar uma história fez com que uma criança entendesse que estava errado e precisava se retratar. Reconhecer o certo e o errado faz com que a criança saiba como se portar com as outras pessoas, bem como conhecer mais de si mesma.
Não apenas o relacionamento com as pessoas de fora de casa a criança poderá se relacionar bem. Um artigo publicado pelo site da revista Claudia comenta o benefício na relação dos pais com os filhos ao criar-se o hábito de contar e ler histórias.
Como a autora Ana Cristina percebeu que o comportamento de seu filho melhorou através dos momentos de contar histórias, ela levou isso como hábito para sua relação com os filhos. Um outro exemplo que a experiência de contar histórias trouxe foi com seu filho mais novo, Carlos, que além de sempre a procurar para ouvir mais histórias, um dia chegou com um pedido inusitado. Pediu para que a mãe escrevesse junto com ele um livro: O fantasma Morte.
Além de ensinar valores para os pequenos, contar histórias também é uma poderosa ferramenta para o incentivo da leitura e criação. A imaginação das crianças pode se desenvolver de uma maneira que as levem a criar histórias por conta própria.
Não tem como negar, contar histórias ainda é a melhor forma de criar um relacionamento próximo dos filhos. Uma forma mais efetiva de ensinar mais sobre a vida e melhorar seu comportamento. Siga o exemplo de Ana e conte histórias para as crianças, com certeza você notará uma melhora no relacionamento dentro do lar.
O livro "O fantasma Morte" foi escrito pela autora Ana Cristina Felipini e seu filho Carlos Luiz Junior. Uma parceria entre mãe e filho que você pode levar consigo. Conheça esta obra que resultou de um relacionamento construído com diálogos e histórias para esta família. Tenha acesso ao livro acessando o site da Editora Albatroz.