Desde épocas mais remotas, os mares são usados como via de transporte e como fonte de recursos biológicos. O desenvolvimento da tecnologia marinha permitiu a descoberta nas águas, no solo e no subsolo marinho de recursos naturais de importância capital para a humanidade, informa Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).
Mas o conceito de sete mares, ainda que desenvolvido na Grécia e em Roma, tem raízes mais antigas. A primeira referência histórica dos Sete Mares remonta 2.300 a.C., encontrada em uma gravura suméria. Atualmente são considerados como os Sete Mares do mundo os oceanos: Pacífico Norte, Pacífico Sul, Atlântico Norte, Atlântico Sul, Índico, Ártico e Antártico.
O mar sempre exerceu uma grande atração nas pessoas. Multidões se reúnem nas praias buscando um contato com as ondas do mar, em busca de prazer, descanso e contemplação. A água do mar é transparente. Mas, quando se observa, ela parece azul, verde ou até cinzenta. O reflexo do céu não torna o mar azul , o que torna o mar azul é o fato de que a luz azul não é absorvida, ao contrário do amarelo e do vermelho. Também depende da cor da terra ou das algas transportadas pelas suas águas. A partir de certa profundidade, as cores começam a sumir do fundo do mar. A primeira cor a desaparecer é a vermelha, aos seis metros; depois, aos quinze, some a amarela, até chegar a um ponto em que só se verá a cor azul.
"Na década de 50, as Nações Unidas começaram a discutir a elaboração do que viria a ser, anos mais tarde, a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM)", informa Vininha F. Carvalho.
O Brasil participou ativamente das discussões sobre o tema, por meio de delegações formadas, basicamente, por oficiais da Marinha do Brasil e por diplomatas brasileiros.
A CNUDM está em vigor desde novembro de 1994 e constitui-se, segundo analistas internacionais, no maior empreendimento normativo no âmbito das Nações Unidas, legislando sobre todos os espaços marítimos e oceânicos, com o correspondente estabelecimento de direitos e deveres dos Estados que têm o mar como fronteira. Atualmente, a Convenção é ratificada por 156 países, dentre os quais o Brasil.
"Com o objetivo de acabar com a destruição dos fundos marinhos, poluição e pesca predatória, foi criada em fevereiro de 2013, a Global Ocean Commission, composta por uma equipe multinacional de renomados representantes políticos e empresários", enfatiza Vininha F. Carvalho.
Com o apoio da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), da ONU, a comissão busca restaurar a produtividade dos oceanos a partir de uma gestão de recursos, pois por conta da ausência de uma governança adequada, alguns continentes acabam abusando da liberdade e, constantemente, saqueiam as riquezas marítimas desprotegidas.
Pensando nisso, a comissão pretende aumentar a regulamentação na utilização deste recurso já que cerca de 64% da área ocupada pelos oceanos é alto mar, ou seja, não tem jurisdição de qualquer país.