O saldo de comércio entre o Brasil e o continente africano foi de US$ 15,911 bilhões, cerca de R$80 bilhões em 2021. Já em 2022, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) informou que de janeiro a outubro, o saldo havia sido de US$ 17,254 bilhões, alta de 36,9% comparada ao ano anterior. Esses dados mostram a relação entre o país e continente africano e como esse laço pode atrair um maior investimento econômico.
Relação entre Brasil e África
Em fevereiro, Lula comentou que "O Brasil deve muito da sua cultura ao continente africano". Ele ainda ressalta que isso é uma "reparação histórica e de obrigação humanitária".
O presidente deve passar pelo continente africano em julho e visitar alguns países como África do Sul, Moçambique e Angola. A intenção é estreitar laços e melhorar a cooperação entre eles em diferentes áreas, como educação, saúde e agropecuária.
A relação entre Brasil e África foi formada há muito tempo, no período colonial. Além disso, possuem alguns aspectos em comum e outros traços culturais herdados do período da escravidão que também firmam esse laço.
Como retrato dessa herança, podemos ver a influência da cultura afro na moda brasileira: uso do algodão na produção de roupas; acessórios conhecidos como miçangas utilizados como símbolo da beleza, riqueza e proteção; renda branca em datas comemorativas e ocasiões festivas; estampas coloridas e diversificadas.
E foi com essa visão, de estreitar relacionamentos e mostrar a representação do design africano e sua diversidade, que surgiu o África Fashion Week Brasil, evento que tem como foco usar a moda como um instrumento de sustentabilidade e mudança social.
AFW no Brasil
Com primeira edição realizada em Londres em 2011, o AFW utiliza alguns pilares importantes, resumidos em, ser acessível, inclusivo, diverso e sustentável. Um desses pilares está em suprir a lacuna e projetar a estilização africana, por meio do incentivo e promoção de novos designers que desejam exposição e não têm recursos para fazer a apresentação das suas coleções e do seu trabalho.
O evento está marcado para os dias 25, 26 e 27 de maio, em São Paulo, e vai reunir designers consagrados promovendo interação entre gerações, ativação de marcas, workshops de inovação do setor, B2B, B2C, exportação, importação e encontro privado com investidores.
Potencial de negócios no setor da moda
Jennifer Chen, CEO e Fundadora da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos para empresas em diversos setores, será uma das palestrantes do evento e ressalta a importância dessa relação entre Brasil e África. “É importante estabelecer e manter esse laço com o continente africano. O saldo de comércio do ano passado mostrou que esse investimento econômico é importante para consolidar ainda mais essa relação e trazer o avanço para diversos setores, entre eles, a indústria da moda, que impulsionam a expansão da economia no país e atraem cada vez mais investidores”.
A especialista, que começou a carreira como modelo da Ford Models, atuou com o mercado de luxo, fundou sua própria marca e prestou consultoria para conceituadas marcas nacionais e internacionais, atualmente tem o olhar voltado para o mercado de investimentos e atua com conexão entre empresas e investidores, enxerga o evento como uma oportunidade para criar laços e expandir negócios dentro do setor.
Crescimento do setor no país
Segundo dados da Fundação Ellen McArthur publicados no final de 2021, a produção de roupas dobrou nos últimos 15 anos. A indústria da moda é um dos segmentos de maior faturamento global, cresce em média 11,4% ao ano e tem expectativa de faturamento de até US $1 trilhão para 2025. Já no Brasil, o setor movimenta R$ 229 bilhões de reais, considerado o maior em volume de quantidade de pedidos.
Os brasileiros estão entre os que mais compram roupa no mundo todo. Em 2021, outra pesquisa, essa divulgada pelo CupomValido, apontou que o Brasil ocupa o nono lugar na escala mundial de roupas e acessórios. Levando em consideração os países emergentes, o Brasil se encontra na quarta posição, atrás apenas da Rússia, Índia e China.
“Esse indicador é muito importante e mostra que o setor de moda no Brasil está no auge e com expectativas de alta nos faturamentos para os próximos anos. Isso traz ainda mais segurança e aumenta o potencial de negócios para o setor”, finaliza Jennifer.
Sobre Jennifer Chen
Jennifer Chen é CEO e fundadora da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos para empresas.
É considerada referência no mercado de conexões entre empresas e investidores, além de ser uma das poucas mulheres atuantes no setor de intermediação de negócios.
Recentemente tornou-se sócia da JCC Brands Concept, empresa que representa marcas icônicas em projetos imobiliários.
É formada em Business Administration na Lynn University, na Flórida (USA).
Sobre a JC Capital
O sucesso como empreendedora serial fez de Jennifer resultou na fundação da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos para setores como agronegócio, hotelaria, tecnologia e, principalmente, construção civil.
A empresa desenvolve a estruturação de projetos para construtoras e incorporadoras. Atua com fundos de investimentos focados no mercado imobiliário, promovendo a organização de eventos que possibilitam a conectividade entre investidores e empresas do segmento.