Oficina "Câmera-caixote, fotografia lambe-lambe" acontece no Centro de São Paulo

Como funciona uma câmera tipo caixote? O que era um lambe-lambe? Como eram feitas as revelações das fotografias? Qual o período em que ficou conhecida? Essas e outras dúvidas serão respondidas na oficina: "Câmera caixote, fotografia lambe-lambe", que acontece na próxima quarta-feira, dia 17, das 13h30 às 16h30, na Praça da Colmeia, dentro da estação São Bento do metrô, sob o comando do fotógrafo e educador Maurício Sapata.

A fotografia lambe-lambe ficou muito conhecida no início do século XX no Brasil por se tratar de um processo "instantâneo" de fotografia. Isso se deu pelo fato desses fotógrafos utilizarem uma câmera do tipo caixote, que além de realizar a captura da imagem, funcionava como uma espécie de mini laboratório fotográfico com químicos e papéis acondicionados em seu interior. Deste modo, era possível fazer a revelação dentro da própria câmera, sem que os clientes tivessem que esperar pelos estúdios fotográficos da época. O resultado final era entregue após alguns minutos.

A oficina é aberta ao público em geral. Os participantes têm a oportunidade de entender como funciona uma câmera lambe-lambe por meio de demonstrações práticas. Eles acompanham desde a formação da imagem que acontece dentro da câmera até o processo final com a revelação química dos retratos.

Olhar ao cotidiano
Nascido na cidade de São Paulo, Maurício Sapata segue carreira como fotógrafo desde 2012. Utiliza a fotografia pinhole como ferramenta em projetos autorais e educativos, visando um aprimoramento do olhar ao cotidiano, que passa pela construção e a utilização de câmeras fotográficas artesanais construídas pelos próprios participantes. Realiza pesquisas e ministra oficinas em processos históricos fotográficos em diversas instituições. Também atua na preservação e no resgate cultural de práticas e saberes relacionados a fotografia analógica, como a Colorização Manual de Fotografias PB. É integrante da equipe de educadores do Cidade Invertida, projeto itinerante que está presente em diversas ONGS e instituições culturais. Em 2014 começou um projeto de construção e uso de uma câmera lambe-lambe intitulado de "Câmera Caixote", atuando como instrumento educativo e propagador da história e do resgate da técnica.

Serviço:
Realização: Sesc Florêncio de Abreu e Pátio Metrô São Bento
Data: 17/5 (quarta feira), da 13h30 às 16h30
Local: Praça da Colmeia, dentro da estação São Bento do metrô
Valor: gratuito