Ao lado de Paris, Londres e Nova York, a cidade de Milão, na Itália, é a quarta a compor o “The Big Four” da moda, destinos que recebem as prestigiadas Fashion Weeks mais importantes do cenário da alta costura mundial. Considerada a segunda maior cidade italiana, a metrópole é berço de renomadas grifes, que integram boutiques como Dolce & Gabbana, Versace, Prada, Moschino, entre outras. “A relação da Milão com a moda é antiga e permeia desde a Idade Média, quando o entorno da cidade abrigava centros de produção de tecidos, jóias, calçados e tapeçaria. Porém, foi após a Segunda Guerra Mundial que a metrópole ganhou força no segmento têxtil global e passou a ser considerada referência em alfaiataria e alta costura”, explica Luana Barbosa, empresária de moda e proprietária da Pirulito, loja feminina que é referência no e-commerce fashion.
Com o propósito de adquirir conhecimento sobre a cultura fashion italiana e antecipar tendências das próximas estações, a empresária da moda visitou Milão para concluir estudos e agregar na próxima coleção da Pirulito, a qual é proprietária desde 2012, no município de Goianésia (GO), além de aproveitar o cenário milanês para fotografar os próximos lançamentos da marca. “Ao entrar em contato com a cultura local, percebemos as particularidades de consumo de cada região. Em Milão, nas pequenas marcas locais, o foco são peças clássicas e atemporais. Já no Brasil, onde a diversidade cultural é maior tanto das marcas como da moda brasileira, é possível notar diversos estilos”, comenta.
Residência histórica de grandes ícones culturais e arquitetônicos, como a imponente Gothic Duomo di Milano e o ilustre mural “A Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, a capital da Lombardia, região Norte da Itália, abriga o Quadrilátero da Moda, área que hospeda as principais maisons de luxo, além de sofisticados hotéis e restaurantes. “Estar em contato com a cultura local vai muito além de aprender sobre quais são as coleções que estão em alta. Ao ampliar o olhar da moda como expressão cultural, é possível entrelaçar a estética à sociologia, abrindo novos horizontes para refletirmos sobre como o vestuário contribui na compreensão dos costumes, comunicação e comportamentos do indivíduo e da sociedade como um todo”, ressalta a empreendedora, que inaugura a primeira filial da loja feminina, em Goiânia, ainda neste semestre.
Além de grande realização profissional, Luana fundamenta a viagem como um importante aprendizado para compreender os impactos do setor de vestuário na economia internacional e nacional, o qual foi responsável por faturar cerca de R$153 bilhões e empregar mais de 957 mil profissionais, em 2022, segundo a Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit). “Muito além dos looks, a moda exerce um papel socioeconômico significativo e de constante crescimento para a economia mundial. Dessa maneira, entrar em contato com o mercado global do setor permite que possamos aperfeiçoar, ainda mais, o segmento no país”, finaliza a empresária.
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