O gráfico apresenta a evolução da inflação anual no Brasil entre 2021 e 2024. Observa-se que, em 2022, houve uma redução em relação a 2021. Em 2023 em relação a 2022, a inflação continuou em queda, registrando aumento em 2024, embora de magnitude menor. É importante destacar que essa majoração está relacionado ao aquecimento da economia brasileira e às baixas taxas de desemprego verificadas atualmente.
Diante desse cenário, torna-se essencial implementar medidas fiscais equilibradas para ajustar as contas públicas, priorizando a cobrança daqueles que mais se beneficiam das dinâmicas econômicas e do orçamento da União. É insustentável continuar impondo o peso do ajuste ao segmento mais vulnerável da população, que já suporta grande parte dos encargos decorrentes da apropriação de recursos por grupos com maior influência política em Brasília.
Passando aos números: a meta de inflação de 2024, estabelecida pelo Banco Central, foi de 4,5%, enquanto o índice oficial divulgado pelo IBGE alcançou 4,83%. Entre os itens que mais impactaram a inflação, destacam-se: alimentação e bebidas (alta de 7,69%), saúde e cuidados pessoais (6,09%) e transportes (3,30%), responsáveis por 65% do índice total. Esses itens têm impacto direto no orçamento das famílias, tornando-os especialmente relevantes.
Portanto, o desvio da meta não surpreende, considerando sua natureza restritiva, que exige sacrifícios fiscais e monetários. Ressaltamos, contudo, que não somos contrários ao ajuste fiscal, mas à forma como ele é conduzido. O ajuste realizado em dezembro do ano passado, que alterou a regra de reajuste do salário mínimo sem tocar nos supersalários, exemplifica uma abordagem desigual e inaceitável. Equilíbrio fiscal é necessário, mas deve ser perseguido de maneira justa e responsável.