03/02/2022 às 11h59min - Atualizada em 03/02/2022 às 19h21min

Dia Mundial do Câncer

A Importância de Cuidar da Saúde Mental Do Paciente.

SALA DA NOTÍCIA Gabi Dallo RTA Comunicação
Shana Eleve Consulting
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    O dia 4 de fevereiro, dia mundial do câncer, é um momento para refletir sobre as dificuldades no enfrentamento dessa doença e sobre a necessidade de tratamentos e cuidados adequados. Um deles é o acompanhamento psicológico, fundamental para os pacientes com câncer. 

          Por questões de preconceito e estigma, existe uma baixa procura por suporte psíquico desses pacientes. Alguns fatores para isso são: dificuldade dos pacientes em perceber e discutir questões emocionais já que muitas vezes os sintomas físicos são prevalentes; conhecimento insuficiente do tipo de apoio que podem receber e dos possíveis benefícios e medo de ser estigmatizado por procurar apoio psicológico. 

          Segundo a psicóloga Shana Eleve, tais fatores dificultam a procura de apoio pelos próprios pacientes, o que lhes permitiria enfrentar de uma maneira melhor tal doença. A psicóloga e CEO da Eleve Consulting chama a atenção para esse olhar mais atento aos cuidados necessários com uma pessoa diagnosticada com câncer “Quando o paciente recebe um diagnóstico de câncer é comum pensar: Nossa, minha vida está por um fio! As dúvidas, as incertezas tudo que vem. O nosso cérebro pode num primeiro momento, ao receber o diagnóstico, pensar o pior. O ser humano tem a capacidade de sempre pensar o pior, sobretudo quando se recebe um diagnóstico desse.” e complementa: “o câncer é um problema de saúde duradouro, onde nosso corpo parece fugir ao nosso ‘controle’ e onde muitas vezes sentimos dor. Tudo isso acaba tomando a mente, muitas vezes com emoções como tristeza, raiva ou frustração. Por isso é tão difícil ser positivo na maior parte do tempo. Para você ser positivo você tem que ter muito equilíbrio em vários componentes da vida, e buscar aprender formas de lidar com a doença” conclui Shana.


    DIA 4 DE FEVEREIRO, 
É O DIA MUNDIAL DO CÂNCER. 

          A União Internacional para controle do Câncer criou uma campanha para inspirar mudanças e mobilizar ações. A campanha aborda as barreiras que impedem as pessoas em todo o mundo de terem acesso aos cuidados fundamentais para controle do câncer, e portanto tem como tema a equidade no controle do câncer. O objetivo da campanha é mostrar a importância de termos um mundo com acesso a serviços de câncer melhores e mais justos para todos. E um desses serviços, muito importante, é o acompanhamento psicológico. Alguns profissionais relutam em discutir aspectos emocionais por entenderem sintomas somáticos depressivos como secundários ao câncer. A psicóloga Shana Eleve alerta que em algumas situações, os sintomas depressivos e ansiosos são até considerados reações normais e isso impede o diagnóstico e tratamento corretos aumentando diversos riscos envolvidos. Segundo um estudo internacional relevante com 21 mil pacientes, a taxa de depressão pode variar entre 2% a 56% dos pacientes, enquanto 44% dos pacientes sofrem de algum grau de ansiedade e 23% têm sofrimento significativo.

As maiores prevalências de depressão ocorrem em pacientes com câncer de pulmão (13%), câncer ginecológico (10,9%) e câncer de mama (9,3%). Mulheres mais pobres, jovens e isoladas são as mais afetadas. A depressão ocorre mais no primeiro ano após o diagnóstico.

         Segundo Shana Eleve existem pesquisas que apontam fatores que ajudam a manter o equilíbrio depois de um diagnóstico difícil como câncer, entre eles a espiritualidade “Existem vários estudos em relação a pacientes não só de câncer, que são fantásticos sobre o poder da espiritualidade, buscar a fé, seja qual for. Segundo estudos a pessoa que tem uma fé inabalável, não estou falando de religião, mas acreditar,  que ela vai passar por isso e vencer, a cura é mais provável. Algumas linhas analisam o câncer como a doença da alma.” exemplifica Shana, que complementa “Outro fator importante são os exercícios físicos. Também é necessário saber como está a parte hormonal, a alimentação e o sono, porque as emoções estão ligadas a isso tudo” analisa Shana. Segundo a psicóloga e CEO da Eleve Consulting, quando se recebe um diagnóstico de uma doença como o câncer, é preciso primeiramente entender e se analisar. “Fazer um check-up de tudo pra saber como a gente está. Como está o organismo em termos de hormônios e vitaminas, e claro, ter um acompanhamento psicológico. No caso do câncer é indispensável saber como o paciente está lidando com a doença e quem é a rede de apoio dele. Toda doença, todo o baque faz você rever a sua vida. 

         Segundo Shana Eleve é indiscutível que o diagnóstico de câncer sempre impacta. Medos, incertezas e desconfortos físicos causados pela doença e seu tratamento passam a ocupar lugar central na vida da pessoa. O sofrimento pode ir desde a percepção da própria vulnerabilidade, tristeza, fantasias e medo até o desconhecido. Pode ser considerado natural da pessoa que vivencia a doença e seu tratamento, mas é necessário um olhar mais atento para que se ter certeza que reações mais intensas não estão  levando a um distúrbio psiquiátrico diagnosticável. 

         Shana Eleve é psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Ela alerta para a necessidade de que todos os profissionais da área de saúde sejam sensibilizados para essa abordagem. 
 
A psicóloga está à disposição para falar sobre o assunto e fazer um alerta sobre a importância em cuidar da saúde mental do paciente com câncer. 

 

  Mais Sobre Shana Eleve:
  Shana Wajntraub, mais conhecida como Shana Eleve, é psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Tedx speaker, speaker coach e curadora dos palestrantes do TEDx Campo Grande, professora da HSM, palestrante da HSM expo em 2021. também palestrou no CBTD em 2020 e 2021 e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, Vivo, Amil, Magazine Luiza, Camil.




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