A alta do dólar, ao lado da escassez global de semicondutores, tem representado um desafio para diversos segmentos da economia brasileira, com destaque para os produtos eletrônicos. Consequência disso, a alta média de preços de notebooks foi de 40% em 12 meses, segundo a empresa de análises de mercado GfK.
De acordo com a Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica), entidade que representa a indústria nacional de aparelhos eletroeletrônicos, 12% dos fabricantes do setor tiveram que parar parte da produção no mês de junho por falta de componentes eletrônicos.
Ainda segundo a sondagem, a escassez mundial de chips resulta em atrasos ou interrupções de produção em quatro a cada dez fábricas de produtos do segmento. Além disso, 32% das empresas pesquisadas notificaram atrasos na produção e na entrega de produtos e 42% estimam que a volta do abastecimento de chips só deve ocorrer ao longo de 2022.
Eduardo Scherer, CEO da Meu Notebook, portal que permite a comparação de características técnicas de diferentes computadores portáteis, concorda que a alta do dólar teve impacto significativo no aumento dos preços dos equipamentos vendidos no Brasil.
“As peças que tiveram maior impacto da alta do dólar são aquelas que necessitam de chips semicondutores em sua construção, como processadores, memórias, e placas de vídeo, entre outras”, explica. “Esse impacto é notado mesmo nos notebooks fabricados no país, já que em torno de 90% dos semicondutores utilizados por aqui são importados”, destaca, citando dados da Abisemi (Associação Brasileira da Indústria de Semicondutores).
“Resultado disso, também tivemos a redução das vendas deste tipo de aparelho a partir do segundo trimestre de 2021. O que pode levar tempo para retomar ao patamar anterior, considerando que a escassez de componentes pode se estender até o fim do ano que vem”, afirma, lembrando que os componentes eletrônicos fornecidos pela Ásia tornaram-se o principal material em falta na indústria de eletroeletrônicos.
Como pesquisar antes de comprar um notebook?
O CEO da Meu Notebook explica que, mesmo no contexto atual, há estratégias que o consumidor pode adotar para encontrar o melhor preço de eletrônico. Para ele, é preciso entender exatamente qual a sua necessidade para não gastar com um notebook superior ao necessário.
“Há opções para os mais diferentes perfis, mas é preciso definir o que você realmente precisa: se vai usar o computador para estudar, trabalhar ou jogar games, por exemplo”, explica. “Desse modo, você opta por um dispositivo que atenda a seus objetivos, dispensando gastos desnecessários”, diz.
Além disso, prossegue, é preciso comparar bem as configurações dos aparelhos, já que é comum que computadores equivalentes tenham preços distintos.
“Tenha cautela, leia, compare, tire prints ou faça anotações das suas pesquisas - e só depois conclua a compra, que em nenhuma hipótese deve ser feita por emoção. Assim, você garante que fará o melhor negócio possível, mesmo em um momento de crise como este”, conclui.
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