A composição dos preços varia conforme os combustíveis.
No caso do diesel, cujo valor cobrado pela Petrobras às refinarias subiu em quase 9% nesta quarta-feita (29), o maior peso vai para o custo de produção, com contribuição de 52,1% no valor total. É esse montante sofre maior influência de fatores externos, como cotação internacional do petróleo e câmbio.
Em segundo lugar, vem o ICMS (16%), imposto estadual que vem sendo criticado pelo governo federal, já que seu valor varia. Na sequência, com 14%, vem o custo do biodiesel, que precisa ser misturado ao combustível.
Com 11%, vem o custo da distribuição e, por fim, com 6,9%, vêm os impostos federais Cide, PIS, Pasep e Cofins.
No caso da gasolina, o ICMS tem um peso maior, de 27,7%, seguido dos impostos federais, com 11,3%. O maior peso do preço final fica para a realização da Petrobras (33,4%).
Já para o GLP (gás de cozinha), o ICMS é de 14,8%, a realização da Petrobras, de 47,5% e outros impostos, 0, porque o governo zerou o custo do gás.
A diferença da composição entre os combustíveis é explicada, no caso do gás, por exemplo, pelo custo da distribuição. O trabalho para fazer o gás chegar aos consumidores é maior se comparado com a gasolina ou o diesel, já que o setor é mais pulverizado, explica Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
O custo da distribuição é menor para a gasolina, levada por um caminhão até os postos, com um setor menor pulverizado.
Gasolina brasileira fica no meio do ranking de preços
O preço da gasolina brasileira não é a mais cara nem a mais barata do mundo. Por R$ 6,09 por litro, o combustível fica em 81° lugar em ranking de setembro, que considera 168 países.
Ou seja, o país fica no meio da lista produzida pela Global Petrol Prices, site especializado no assunto. Isso indica que a tributação sobre o combustível no Brasil, em cerca de 40%, está em linha com a média.
A gasolina mais barata é a da Venezuela, onde o litro fica em R$ 0,10. Na sequência, vem o Irã, com R$ 0,32.