Durante audiência pública da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, nessa segunda-feira (16), o superintendente de Gestão Tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Davi Antunes Lima, divulgou que a agência prevê um reajuste de até 16,68% no ano que vem.
Segundo o superintendente, a medida será necessária para controlar a crise que atinge as principais hidrelétricas do país. Mas ele informou também que a Aneel estuda algumas medidas para diminuir o impacto financeiro aos consumidores, para que o aumento na conta seja de o máximo 10,73% em 2022. Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), em junho o consumo total de energia no Brasil cresceu 12,5% em relação ao mesmo período de 2020 e este aumento agrava ainda mais a situação hídrica do país.
No final de junho, a Aneel reajustou o valor da bandeira tarifária vermelha 2 em 52% e a cobrança extra passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos. Este custo adicional é aplicado às contas de luz quando aumenta o custo de produção de energia, o que acontece quando falta água nos reservatórios.