22/07/2021 às 15h42min - Atualizada em 22/07/2021 às 16h35min

Juros do financiamento imobiliário devem subir

Cenário ainda é favorável para compra, segundo Abrainc e Abecip

DINO
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O segmento de terreno também registrou crescimento


O cenário para a compra do imóvel financiado ainda é vantajoso mesmo com os dois aumentos desde março da Selic (Taxa Básica de Juros) para os atuais 4,25% ao ano. Para a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), os percentuais seguem em patamares baixos e o setor se mantém atrativo tanto para os investidores quanto para os interessados na aquisição da casa própria. A entidade também mantém suas projeções para o ano de alta de 40% do volume de lançamentos e de 30% no número de unidades comercializadas. 

Já a presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Poupança e Empréstimo), Cristiane Portella, acredita que os ajustes devem ser necessários, mas ressalta que, ainda assim, tendem a permanecer em patamares baixos historicamente, quase metade do que era praticado em 2015. Vale lembrar que o Santander fez recentemente um leve reajuste nos juros do financiamento imobiliário passando de 6,99% ao ano para 7,99%.

Para se ter ideia, nos cinco primeiros meses de 2021 foram liberados R$ 77,38 bilhões para a casa própria financiada no país, na comparação com o mesmo período de 2020, alta de 127%, de acordo com a Abecip. No ano passado, as instituições financeiras emprestaram R$ 123,97 bilhões, crescimento de 57,5% em relação a 2019, considerado o melhor ano da história para o setor. Se as projeções da Abecip se confirmarem, 2021 terminará com a liberação de quase R$ 170 bilhões em empréstimos habitacionais.

Para a executiva e os especialistas, a hora de comprar é agora porque o preço dos imóveis também já começa a subir. De acordo com o diretor da Pró Lotes, Marcelo Fróes, o bom momento também é verificado no segmento de terrenos onde a empresa atua com empreendimentos prontos para construir a casa em Itaboraí, Maricá, São Pedro da Aldeia e Vargem Pequena, além do próximo lançamento em Duque de Caxias. Ao mesmo tempo, o executivo destaca o senso de urgência em adquirir um imóvel seja ele pronto, na planta, em construção e até mesmo na aquisição de lotes. "Com a alta de juros da Selic, o primeiro impacto já foi sentido há poucos dias quando o banco Santander anunciou o aumento da taxa para o setor imobiliário, o que vai acarretar numa tendência de os demais bancos acompanharem esse movimento. Com isso, para quem está pretendendo comprar imóvel financiado, o melhor momento de definir a aquisição é agora para aproveitar ainda as taxas mais baixas, o que fará uma diferença relevante no futuro valor das parcelas", analisa Fróes. A loteadora oferece lazer completo, área verde e segurança em seus condomínios, considerado um grande diferencial por conta do isolamento social exigido pela pandemia. 

Sylvio Pinheiro, diretor da G+P Soluções, consultoria especializada em práticas e técnicas construtivas e de gestão, concorda e complementa que o aumento dos insumos básicos da construção civil já chegou à casa dos 30% em números acumulados no último ano, mais um fator que pode influenciar no valor do imóvel. “Só o aço, por exemplo, mais que dobrou de preço em 2020. Já o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção), que regula e acompanha essa alta, registra crescimento acumulado de 15,26% nos últimos 12 meses. E a expectativa é que os valores continuem a subir, sendo turbinados pelo aumento das tarifas de energia já informado pelo governo. É um efeito que começa com a alta das commodities, dos serviços e em seguida da mão de obra”, analisa Pinheiro.



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