A aceleração digital é um tema que tem sido pauta em vários segmentos, e no meio jurídico isso não é diferente. Para se destacar, os profissionais desse ramo precisam estar atentos à movimentação do mercado e às inovações que trazem agilidade e automação para as demandas.
Por tratar-se de uma área que possui processos burocráticos, digitalizá-los pode trazer retornos financeiros e otimização da produtividade, além de outros benefícios para as empresas.
Segundo o Índice de Transformação Digital da Dell Technologies 2020, no Brasil 87,5% das empresas implementaram iniciativas voltadas à transformação digital no último ano. Esse número só tende a crescer, pois uma vez que as empresas percebem a economia e agilidade que a tecnologia traz, a tendência é que adaptem cada vez mais processos para o meio digital.
A aderência à tecnologia
Novos nichos de trabalho e novos profissionais surgem a cada dia, obrigando quem já está no mercado a se adaptar. Além disso, eventos inesperados e crises podem agilizar a aceleração, como foi o caso da pandemia da COVID-19. As medidas tomadas para contenção do vírus levaram muitas pessoas a trabalhar de casa. Com isso, vários negócios tiveram que fechar as portas e migrar tudo para o meio online, pois não havia como fazer o trabalho presencialmente.
Isso, com o tempo, gera uma adaptação por parte dos colaboradores. Uma pesquisa* da empresa Vale concluiu que o índice de aprovação do home office subiu de 73% para 80%. Então a tendência é que as empresas mantenham em regimes flexíveis como home office e híbrido. Mas nada disso seria possível sem a aceleração digital.
A empresa Amil é um exemplo que sentiu necessidade de automatizar os seus processos. Segundo Carla Moura, que trabalha no setor jurídico da Amil, "Em nosso processo anterior não existia necessidade do gestor do contrato aprovar determinada condição contratual, tudo muito inseguro. Um outro ponto é que não conseguíamos extrair relatórios gerenciais do nosso antigo sistema."
O impacto na gestão de contratos
Com o trabalho remoto crescendo, softwares jurídicos e soluções de gestão de contratos ganharam destaque no mercado. O software InContract, por exemplo, cresceu em 60% o número de clientes desde o início da pandemia. Isso acontece porque muitas empresas perceberam o quanto um sistema de gerenciamento online pode facilitar seus processos.
Os responsáveis pelo setor jurídico da Amil sentiram isso na prática. Segundo Ralph dos Santos "No dia que foi declarada pandemia e precisamos migrar para o home office, me chamou atenção o fato de que pegamos os nossos notebooks e no mesmo dia já pudemos continuar exatamente o mesmo trabalho que fazíamos na empresa, em nossas casas."
Durante a pandemia, por se tratar de uma empresa de saúde, a Amil precisou fazer bastante contratações emergenciais de mão de obra e insumos. "Um grande diferencial foi a integração que conseguimos realizar do software de gestão de contratos com nossa ferramenta de assinatura digital, que tornou o processo de assinatura à distância mais rápido." declara Carla.
Carla também lembrou que, em 2020, também entrou em vigor a Lei Geral de Proteção de Dados, que exigiu adaptação de setores que lidam com contratos e dados sensíveis. "A tecnologia foi fundamental nesse projeto", finaliza ela.
As empresas estão em uma corrida para a digitalização, pois a todo momento surgem novos modelos de negócio. Por isso, nos dias atuais, para ter mais produtividade e avançar no mercado, é fundamental automatizar o trabalho.
*Link da pesquisa: https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2021-04/trabalho-em-home-office-tende-continuar-apos-fim-da-pandemia