03/10/2023 às 14h33min - Atualizada em 03/10/2023 às 14h33min

PF cumpre condução coercitiva da CPI das Pirâmides Financeiras em condomínio de luxo em Campos

Jornal Aurora
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A Polícia Federal realizou a primeira condução coercitiva a pedido da CPI das Pirâmides Financeiras, na manhã desta terça-feira (3). O cumprimento do mandado ocorreu em um condomínio de luxo, no Parque Rodoviário, em Campos, onde mora Gleidson da Costa Gonçalves.

Proprietário da Grow Up, empresa que captava dinheiro dos investidores, Gleidson era um dos convocados como testemunha para depor na CPI das Pirâmides Financeiras. Como se negou a comparecer para depoimento, a PF cumpriu a condução coercitiva. Gleidson é esperado na Câmara dos Deputados para depor na CPI das Pirâmides Financeiras na tarde desta terça-feira (3), em Brasília.  

O delegado titular da Polícia Federal em Campos, Wesley Amato, explicou o caso: “´Nós cumprimos esta manhã um mandado de condução coercitiva, determinado pela CPI das Pirâmides financeiras, da Câmara dos Deputados. Essa pessoa havia sido convocada anteriormente e não havia comparecido e hoje foi determinada a condução dela. A priore não há acusação nenhuma sobre essa pessoa, ela será ouvida como testemunha, não teria envolvimento com os fatos criminosos, porém as informações que ela sdetém são de interesse da CPI”, explicou o delegado.

Até então, os deputados da CPI das Pirâmides Financeiras de criptomoedas haviam convocado todas as testemunhas e eles haviam comparecido. Com o primeiro mandado de condução coercitiva cumprido, tudo indica que na reta final os parlamentares não irão admitir mais a falta aos depoimentos.

Vítimas da Grow Up que acusam Gleidson da Costa de aplicar um golpe estavam no local e filmaram a ação da PF contra o suspeito.

Além de Gleidson da Costa, a CPI pretende realizar a tomada de depoimento de José Augusto Madureira, Rogério Júlio Soares Madureira, Larissa Rodrigues Garcia Goulart Ferreira e Antônia Cristiana Soares Madureira, todos envolvidos com a 123Milhas.

Como funcionava o possível esquema da Grow Up, que entrou na mira da CPI?

A Grow Up se estabeleceu em Campos com a promessa de ganhos fáceis e rápidos, associados ao mercado de criptomoedas e forex. Sem autorização para funcionamento, a empresa mantinha um perfil de captação discreto, para não atrair a atenção das autoridades.

Mas como suspendeu os saques a clientes, mais de 300 pessoas, ele se tornou alvo de uma investigação junto a polícia civil do Rio de Janeiro, após denúncias. Na CPI das Pirâmides Financeiras, os deputados pediram também a quebra de sigilo do investigado.

“Requeiro, nos termos do art. 58, § 3o da CF, combinado com o art. 35, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e de dados, junto a corretoras de criptoativos (Binance, Mercado Bitcoin, Bitso e FoxBit), da empresa Grow Up Club (CNPJ: 32.668.023/0001-65) e de seu presidente, Gleidson da Costa Gonçalves, no período correspondente aos anos de 2019 a 2022.”

Com o depoimento nesta terça, os clientes aguardam por mais informações sobre o caso, após meses de silêncio e falta de saques.

 
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