19/08/2019 às 18h59min - Atualizada em 20/08/2019 às 10h19min

Com valor bruto de produção em R$ 600 bilhões, agronegócio movimenta inovação

Apontado como uma das principais alavancas para o saldo positivo da balança comercial brasileira, que ficou em R$ 96 bilhões em 2017, setor desperta atenção de fornecedores, incluindo iniciativas crescentes no âmbito digital

DINO
Reprodução

Responsável por cerca de 25% do PIB nacional, o agronegócio segue dando indícios de otimismo. No 4º trimestre de 2018, a confiança do setor, medida pela Fiesp e OCB, se refletiu em números, principalmente no segmento agropecuário, cujo Valor Bruto de Produção (VBP) atingiu R$ 600,3 bilhões no acumulado do ano, alta de 3,1% na comparação com 2017.

Os números de 2019 ainda não estão fechados, mas a tendência, segundo a Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), é de que o crescimento se mantenha. A expectativa é de que o PIB do setor salte 2% sobre 2018, enquanto o VBP cresça em torno de 4,3%. Um dos impulsionadores tende a ser a carne bovina, que vem em uma esteira recente de aumento de 2,5% na média de ganhos.

Não por acaso, o agribusiness é apontado como uma das principais alavancas para o saldo positivo da balança comercial brasileira (R$ 96 bilhões em 2017).

Neste âmbito, as exportações do agro brasileiro cresceram quase 4%, no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período de 2018, conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da USP.

Um mercado que fomenta não apenas o lado dos produtores, mas também dos fornecedores. Empresas de soluções e serviços para o agronegócio investem em ofertas cada vez mais criativas e abrangentes para atender às demandas do segmento.

Um exemplo vem da região Sul, onde a SIA - Serviço de Inteligência em Agronegócios, com sede em Porto Alegre-RS e atuação nacional, acaba de ampliar seu portfólio com o lançamento de uma divisão de cursos online, batizada de Praticar.

O mercado-alvo, segundo João Kessler, um dos gestores da divisão, são produtores rurais brasileiros, com visão empreendedora e atualizados com as novas demandas do setor - tanto tecnológicas, quanto de mercado e da alçada gerencial.

"Buscamos produtores aptos e/ou dispostos a utilizar as novas ferramentas e plataformas digitais disponíveis como forma de agilizar suas tomadas de decisão e enriquecer o conhecimento sobre os mais distintos temas rurais. Da mesma forma, profissionais e estudantes das Ciências Agrárias, em busca de qualificação e crescimento profissional, são clientes desejados e potenciais", explica Kessler.

Os cursos oferecidos pela plataforma Praticar são voltados a temas recorrentes das demandas do campo, buscando auxiliar na resolução dos principais gargalos existentes nos sistemas produtivos. A meta, conforme o executivo, não é entrar, de cara, em muitas áreas técnicas, mas criar, aos poucos, uma grade de capacitações focada no atendimento às necessidades apresentadas pelos mercados-alvo.

O primeiro curso, já no ar, é focado no tema Pasto, e é formado por 25 vídeo aulas, distribuídas em 7 módulos contendo métodos e melhores práticas para manejo de pastagens em sistemas de produção animal (pecuária de corte, leite ou outro).

Até o final de 2019, a ideia é ter mais dois vídeo-cursos lançados, e, em 12 meses, aumentar a oferta para seis.

O preço, segundo Kessler, busca ser competitivo. O primeiro curso, Pasto, por exemplo, sai por R$ 495, com opções de parcelamento e promoções para primeiros inscritos.

O gestor destaca, ainda, que a divisão Praticar é só uma parte da estratégia de entrada da SIA no mercado digital. Ao todo, a divisão para este nicho será composta, ainda, por outros dois lançamentos, a serem anunciados no início de 2020.

 


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