16/05/2023 às 18h12min - Atualizada em 17/05/2023 às 00h04min
Deputado Rafa Zimbaldi pede esclarecimentos do Estado sobre fechamento de 300 salas de aula
Parlamentar do Cidadania-SP alerta para possíveis problemas que a decisão pode resultar, como o superlotação de classes, sobrecarga de professores e piora na qualidade do aprendizado
SALA DA NOTÍCIA Simone Leone
Divulgação O deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania-SP) protocolou um requerimento que exige do secretário de Estado da Educação, Renato Feder, informações sobre o processo de reorganização das unidades escolares. A iniciativa do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) pode resultar no fechamento de 300 classes. O documento n° 210/2023 do parlamentar joga luzes, inclusive, na possibilidade de risco de queda na qualidade do ensino. No requerimento, Zimbaldi pede uma relação das escolas e das séries atingidas pela reorganização proposta pela pasta da Educação bandeirante. Além disso, é previsto que o Governo do Estado de São Paulo esclareça se haverá transferência de alunos e/ou de turnos escolares. No entendimento do deputado do Cidadania, é necessário o acompanhamento de todo o processo de reestruturação, uma vez que o movimento pode resultar no fechamento de escolas estaduais, e não apenas de salas de aula: “Considerando a preocupação dos pais de alunos e da comunidade escolar como um todo, queremos que todas as dúvidas acerca dessa mudança sejam esclarecidas. Uma mudança de classe, ou até mesmo de escola pode ser impactante para o estudante. E, mais: será que fechar salas de aula não vai lotar outras? Será que a qualidade do ensino não será afetado? Professores já reclamam, não de hoje, de superlotação. Enfim, é preciso que haja transparência para com a população quanto a este assunto”, justifica Zimbaldi. Após a reorganização escolar se tornar pública, a Secretaria de Estado da Educação descartou a transferência de escolas e de turnos, mas adiantou que haverá um redimensionamento de 0,3% (312) do total de 104 mil classes - fato que preocupa Zimbaldi: “É a segunda vez em menos de nove anos que o Estado retoma esta discussão e tenta fechar salas de aula. Entendemos que o movimento segue as diretrizes de uma resolução de 2016, alterada em 2018, que estabelece que, se ao final de cada bimestre constatar-se o aumento ou a diminuição da demanda escolar, é passível o redimensionamento de classes. No entanto, como já falado, fechar salas de aula pode implicar também, além de superlotação, em sobrecarga de professores, mais estresse no trabalho do educador e dificuldade no aprendizado do aluno, além de uma série de outros problemas”, pontua o parlamentar.