09/05/2023 às 10h25min - Atualizada em 10/05/2023 às 00h02min

Russell Reynolds revela as tendências globais e regionais em Governança Corporativa para 2023

Qualidade da composição e desempenho de Conselhos, performance do CEO e amadurecimento da agenda ESG são os principais pontos de atenção para as grandes organizações do Brasil e do mundo

SALA DA NOTÍCIA Natalia Yoshida | DIX Conteúdo e Relacionamento
Pelo oitavo ano consecutivo, a Russell Reynolds Associates, líder global em consultoria, desenvolvimento e busca de altos executivos, divulga seu relatório anual com as principais questões de Governança Corporativa que as organizações e seus Conselhos de Administração enfrentarão nos próximos anos. O estudo Tendências Globais em Governança Corporativa 2023 revela que as companhias terão que lidar com três tópicos latentes: o ceticismo dos investidores sobre o qualidade da composição e o desempenho de seus Conselhos, a performance de CEOs e seus planos de sucessão, e o amadurecimento e comunicação das estratégias e iniciativas ESG.

“Não há dúvida de que a qualidade dos Conselhos estará sob forte observação. A qualidade e a competência de cada conselheiro serão constantemente avaliadas pelos investidores institucionais. O ambiente econômico desafiador e os mercados de capitais tumultuados trarão até mesmo um olhar mais atento ao desempenho dos CEOs em 2023 e, provavelmente, um número maior de transições”, explica Jacques Sarfatti, sócio da Russell Reynolds Associates.

O relatório destaca que investidores têm se tornado mais exigentes e acompanhado mais proximamente vários aspectos dos Conselhos, como efetividade, composição e resultados, aumentando o  grau de exigência para garantir altos níveis e tornando os processos de avaliação ainda mais rigorosos. Para Sarfatti, os Conselhos de Administração deverão ter maior foco em atividades que aumentem sua performance e eficiência, buscando particularmente renovar esses Conselhos e desenvolver planos de sucessão para os Conselheiros. “Investidores devem priorizar sinergias e o fit entre as competências do conselho e a estratégia de longo prazo da organização”, completa.

Os CEOs também sofrerão maior pressão e deverão estar sob olhar atento dos Conselhos para entregar resultados. De acordo com o estudo, o cenário de instabilidade econômica e incerteza política, provocados pela pandemia e seus desdobramentos para cadeias de abastecimento, Guerra na Ucrânia, inflação, entre outros, trouxe severos desafios para grandes organizações, requerendo maior foco sobre a gestão das empresas e um olhar para o longo prazo ressaltando a necessidade de implementação de um planejamento sucessório. No Brasil, particularmente, a prevalência de empresas estatais deve gerar tensões contínuas entre o acionista controlador e outros investidores, como por exemplo, em relação ao planejamento de sucessão do CEO e a política de remuneração dos executivos. No entanto, há um otimismo moderado de que a governança das estatais oferecerá mais transparência no processo de nomeação e divulgação sobre o índice de remuneração do CEO.

Sustentabilidade seguirá ocupando lugar de destaque na pauta das reuniões à medida que investidores globais demandam cada vez mais assertividade e transparência sobre as iniciativas sustentáveis das organizações. No Brasil, os esforços do ESG ainda enfrentam diferentes visões entre investidores globais focando no valor de iniciativas ESG para as organizações e investidores locais permanecendo mais céticos quanto à sua efetividade. Apesar disso, a agenda climática ainda é pauta central de discussões, inclusive com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicando resoluções que exigem maiores informações sobre iniciativas e estruturas de Governança em ESG. Espera-se ainda avanços modestos de iniciativas sociais e governamentais no cenário brasileiro, sobretudo devido à cobrança para haver uma maior diversidade de gêneros nos conselhos.

O relatório Tendências Globais de Governança Corporativa 2023 foi realizado por uma equipe multidisciplinar das áreas de Direito, Consultoria de Gestão e Mercado Financeiro e analisou as principais tendências para Brasil, Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido, Índia, México, Austrália, Nova Zelândia, Cingapura e Malásia.

Sobre a Russell Reynolds Associates
A Russell Reynolds é líder global em consultoria, desenvolvimento e busca de altos executivos. Com atuação junto a organizações públicas, privadas e sem fins lucrativos em mais de 26 países, a consultoria atua em todos os setores da economia. A Russell Reynolds apoia os clientes a construir equipes de líderes transformacionais que podem enfrentar os desafios de hoje e antecipar as tendências digitais, econômicas e políticas que estão remodelando o ambiente de negócios global. Desde ajudar os conselhos administrativos com sua estrutura, cultura e eficácia até identificar, avaliar e definir a melhor liderança para as organizações, a empresa traz 52 anos de experiência para apoiar os clientes na solução de seus problemas de liderança mais complexos. A Russell Reynolds existe para melhorar a forma como o mundo é liderado. Mais informações em www.russellreynolds.com

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