Com Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em nada menos do que R$ 578,2 bilhões em 2018, o que, apesar de representar leve queda de 2,3% sobre os resultados de 2017, ainda traz um panorama bastante favorável ao crescimento, o agronegócio brasileiro desponta como um dos mais promissores segmentos da economia.
Os dados são da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e indicam que, em 2019, as projeções serão ainda melhores, alcançando faturamento na casa dos R$ 391,8 bilhões na área de lavouras e de R$ 186,3 bilhões em pecuária.
Já o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta estimativa de 226,7 milhões de toneladas de grãos para a produção nacional deste ano, estimando um índice VBP em torno de R$ 584,7 bilhões.
Um dos segmentos mais representativos da economia nacional, concentrando cerca de 22% das riquezas produzidas anualmente no país (segundo relatório do Cepa/Exala), o agribusiness tende, ainda, a ampliar os horizontes na inovação por meio da tecnologia. Estudos da área indicam que já em 2018 os investimentos em soluções tecnológicas no campo geraram alta de 0,36% no PIB do setor.
Para o especialista em Business Intelligence, Douglas Scheibler, as plataformas tecnológicas de inteligência de negócios são algumas das soluções mais indicadas para o agribusiness, já que facilitam o processo de tomada de decisões ao utilizar metodologias e processos de análise de dados como ferramental para potencializar a gestão e aumentar o lucro de organizações agrícolas.
Dentro disso, o executivo, que é CEO da BIMachine, fabricante brasileira de soluções de BI, indica alguns benefícios que esta tecnologia pode agregar ao agronegócio:
1. Gestão
Com o desenvolvimento empresarial e o chamado Big Data, surge a necessidade de utilizar relatórios para acompanhar indicadores como produtividade, finanças, vendas e outros específicos do negócio, como a previsão de condições climáticas futuras, por exemplo.
2. Unificação da operação
O BI auxilia a consolidar as operações, em cenários de desintegração, nos quais as empresas do agro enfrentam um universo de informações oriundas de todos os departamentos e/ou unidades. Além disso, elimina processos manuais, baseados em planilhas de informações separadas por departamento, que podem gerar erros e retrabalho.
Com isso, o BI permite que os gestores tenham uma visão única da organização, evitando a perda de dados que poderia culminar em desperdícios financeiros e produtivos.
3. Incremento de produção
A tecnologia de inteligência de dados promove, ainda, redução de custos. Ao utilizá-la, principalmente quando integrada a ferramentas como GPS, drones, sistemas de gestão, entre outros, o agribusiness pode gerar dados que se converterão em análises e insights, todos com potencial de apontar falhas de produção, tarefas sobrepostas, entre outros gargalos e oportunidades que seriam invisíveis sem o trabalho sobre as informações. Com isso, amplia-se o ganho de competitividade
4. Atualização em tempo real
A geração de informações é constante e, por vezes, é necessário realizar as análises de relatórios de maneira imediata. O BI permite, por exemplo, que sejam gerados gráficos e relatórios, além de possibilitar que as lideranças tomem decisões durante as reuniões de gestão.
5. Orçamentos assertivos
A automação do orçamento integrada ao BI permite o acompanhamento e melhorias dos controles, garantindo que as projeções sejam assertivas. Desta forma, a informação passa a circular de maneira ágil, atualizada e confiável.
"O BI permite que todos os dados de áreas como produção, RH, contábil, financeira, logística, comercial, entre outras, sejam integrados em uma base única de organização, análise e distribuição, facilitando projeções de cenários, antecipação de gargalos e busca por soluções. Isso trabalha a favor das empresas do agronegócio na identificação de oportunidades, ampliação do alcance de mercado, entre outras possibilidades", finaliza Scheibler.