17/04/2023 às 10h38min - Atualizada em 18/04/2023 às 00h03min

BeReal, TikTok, CapCut, Lensa e YouTube, como essas empresas se destacaram em 2022 e seguem entre as principais tendências entre a Geração Z para 2023

BeReal, TikTok, CapCut, Lensa e YouTube, como essas empresas se destacaram em 2022 e seguem entre as principais tendências entre a Geração Z para 2023

SALA DA NOTÍCIA Divulgação NG.CASH
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BeReal, TikTok, CapCut, Lensa e YouTube, como essas empresas se destacaram em 2022 e seguem entre as principais tendências entre a Geração Z para 2023

NG.Trends avaliou as preferências deste público no cenário global para gerar insights sobre redes sociais, apps e engajamento

Quais marcas têm se destacado entre a Geração Z? Quais são os setores, redes sociais e os formatos que melhor se comunicaram com esta geração em 2022 e seguirão em crescimento para 2023? São as informações que o NG.Trends, estudo realizado pela NG.CASH, maior app financeiro para os jovens do Brasil, buscou avaliar a partir de análises sobre as principais tendências e comportamento da Geração Z, com insights e direcionamentos sobre o que deve estar no radar das marcas que querem se conectar com esta geração.

Redes sociais e apps que deram o que falar

Se cada rede social tem suas particularidades e públicos específicos, o grande destaque de 2022 foi a rede social mais "cool" da GenZ, o BeReal. Criada na França como uma rede "anti-social", o BeReal quer quebrar a artificialidade muitas vezes presente nas demais plataformas e trazer mais naturalidade e verdade nas interações online. A rede possuía apenas 1.8 milhões de downloads em 2021, mas em 2022 cresceu exponencialmente para mais de 70 milhões. Em números de downloads, o Brasil é o 7º país com maior adesão ao BeReal.

O TikTok continua, sem dúvidas, uma das redes sociais mais usadas pela Geração Z, mas vale ficar atento para o Discord, que se destacou no interesse deste público comparado às gerações anteriores. Segundo o estudo, mais de 40% dos gastos dessa geração é com games e essa plataforma foi feita para eles. E, assim como em 2019, em que redes sociais como Instagram, Meta e YouTube rapidamente adotaram o novo formato proposto pelo então inovador TikTok, em 2023 é o TikTok que está se adaptando para competir com o BeReal, criando o TikTok Now

O ano também consolidou ainda mais a tendência de conteúdos em vídeo. E com o crescimento desse formato, principalmente dos vídeos curtos, cresceu também o uso de aplicativos para edição de vídeos direto no celular. Um exemplo é o app CapCut que já conta com vários efeitos que antes só eram possíveis serem feitos no computador e por alguém com bastante experiência com esses softwares. Uma das ferramentas que ele oferece é o efeito de tela verde em que é possível remover o fundo de um vídeo com 1 click. O sucesso foi tão grande que agora o CapCut é parceiro oficial do TikTok com integrações diretas entre os dois apps.

Um ponto que vale ressaltar é a incógnita que paira sobre o futuro do Twitter após um conturbado 2022. Alterações nas políticas de uso, revoltas de usuários e debandada de investimento de marcas podem indicar um ano de reconstrução da rede social.

Marcas e o que elas devem fazer para se conectar de forma genuína com a GenZ

Seja fazendo parte das trends ou dos formatos que estão bombando nessa geração, as empresas que conquistam este público estão criando ações interligadas com seus interesses e circulando entre os assuntos que naturalmente vão aparecer na timeline dessas pessoas. Elas são criadas com o intuito de parecer apenas mais um conteúdo da timeline e não uma quebra deles. Além disso, marcas que potencializaram ideias elaboradas por creators favoritos dessa geração também se destacaram, criando uma relação de fidelidade com  essas empresas apoiadoras.

Já em relação aos segmentos, ao analisar as marcas que mais se destacaram com a GenZ em 2022, 30% delas são relacionadas diretamente com o setor de Games, o que confirma a força do setor com os jovens. O setor de Food and Beverages (Comidas e Bebidas) também têm um grande impacto na Geração Z, sendo consistemente um dos segmentos com mais marcas entre as mais curtidas por este público.

Outra tendência que segue em crescimento são as sociedades com influenciadores. O formato de media for equity tem sido uma estratégia bastante utilizada por diversos mercados em que as empresas buscam sócios que saibam se comunicar e agreguem valor para a marca. 

Mas o que as empresas que querem se comunicar com essa geração devem fazer? Quais são as particularidades?

Victor Trindade, co-fundador da NG.CASH e YouTuber, destaca dois principais pontos que as marcas devem se atentar se querem se aproximar dessa geração. 1- Agilidade: Essa geração está acostumada com consumo rápido e tudo pode mudar em questão de dias. Por isso, é importante estar atento aos temas que estão bombando e agir rápido para não perder o timing. 2 - Proximidade: A Geração Z não curte quando algo parece artificial ou forçado. Nesse sentido, humanizar a marca é muito importante. "É essencial fazer parte, de fato, do dia a dia e do consumo dessa geração. Caso contrário, em menos de 3 segundos eles vão pular a sua publicidade", conta Victor, responsável pela área de branding na NG.CASH e criador do Neagle, canal com mais de 8 milhões de inscritos no YouTube. 

Inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual 

Sabemos que tecnologias como inteligência artificial, realidade aumentada e realidade virtual tendem a crescer de forma ainda mais relevante que em 2022. E, de acordo com Antônio Nakad, CMO da NG.CASH, em 2023 o TikTok vem se posicionando de forma mais acentuada e expressiva em relação às demais redes sociais para agregar essas novas tecnologias. "Ainda este ano o TikTok deve competir mais acirradamente com Google e Meta pela atenção das empresas em relação ao investimento em ads", explica Antônio.

Acreditamos também que o potencial de crescimento vai estar alinhado com os apps que oferecem a melhor interface para uso de inteligência artificial. "Um exemplo disso foi o app Lensa, em que basta enviar 10 fotos suas e em alguns minutos ele cria centenas de versões como se você tivesse contratado um designer para fazer essas artes. Não é à toa que o app virou trend em todas as plataformas e contou com um crescimento de 600% em dezembro de 2022. Foram mais de 12.6 milhões de downloads no mundo todo em apenas 11 dias", complementa Victor Trindade.

O que esperar do YouTube e dos short contents

Para os especialistas da NG.CASH, em 2023 veremos o YouTube buscando a primeira posição como plataforma para consumo de vídeos curtos. Apesar de a plataforma ter entrado um pouco atrasada nessa tendência dos "Short Contents", já foi anunciado que esse ano utilizarão o mesmo formato de monetização que é usado com criadores que fazem os conteúdos longos. Por ser uma rede que há anos já validou esse modelo tanto na relação com as marcas, quanto na relação com creators, a empresa tem tudo para ser a rede que vai mais investir nesse formato. "Se o YouTube realmente entrar agressivo em monetização, a tendência é que ocorra uma migração e os creators dediquem cada vez mais tempo nessa plataforma. O que vai gerar uma vantagem competitiva para eles, já que nem o TikTok, nem o Instagram conseguiram desenvolver um modelo muito eficiente de monetização para influenciadores", diz Victor.

Tendências e formatos | O que engaja mais? 

Conteúdos em vídeo seguem como principal foco em 2023, com destaque para vídeos curtos, dado que TikTok e Instagram seguirão investindo fortemente nessa direção e o YouTube deve acelerar a adesão do Shorts. 

Mas só os curtos? Por incrível que pareça, as duas pontas de tempo de consumo se destacaram esse ano. Tanto os podcasters com os vídeos ultra longos de mais de 1 hora, quanto os TikTokers com os vídeos curtos de menos de 1min continuaram em ascensão. Isso se deve ao fato de que as plataformas estão recomendando aqueles que mais geram tempo nas nelas. Como esses dois geram resultado? O do podcast está claro, as pessoas gastam horas assistindo um podcast com conteúdo exclusivo e completo sobre determinado tema. Já os TikTokers ganham na quantidade e principalmente no "Efeito Pipoca". Os vídeos são tão curtos que você quer ver mais e assim segue por horas e não percebe o tempo passar. 

Conteúdos em vídeo gravados verticalmente seguirão sendo o modelo de maior impacto neste ano. No entanto, videos mais longos e com conteúdos mais elaborados ainda devem manter seu espaço de relevância, seguindo a tendência de influenciadores norte-americanos como Mr. Beast e Logan Paul, postando com menos frequência, mas valorizando a qualidade e retenção nos vídeos mais longos. Assim como os podcasts que têm conquistado a Geração Z com influenciadores e conteúdos específicos.

Para Trindade e Nakad, em 2023 devemos ver uma mudança no foco de métricas públicas e de status como número de seguidores e alcance para a construção de relacionamento e comunidade ao redor de influenciadores e marcas. Um movimento muito conectado com outra tendência que é a busca por influenciadores mais reais e pessoais, aqueles em que há uma identificação no dia a dia, não mais aqueles com estilos de vida totalmente inalcançáveis. 


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