14/04/2023 às 12h05min - Atualizada em 15/04/2023 às 00h03min

Quebra do SVB: os reflexos no mercado de investimento das fintechs

Especialista comenta sobre como a falência do Banco pode repercutir nos resultados das startups do mercado financeiro, além de oferecer dicas importantes para os investidores do setor

SALA DA NOTÍCIA Assessoria Comunicação Conectada
Jennifer Chen, especialista em conexões entre empresas e investidores

As fintechs começaram a ganhar popularidade, provando que vieram para ficar e fazer parte do universo financeiro. Para Jennifer Chen, que atua como intermediadora de negócios entre empresas e investidores, esse tipo de serviço foi muito visado e teve expansão durante a pandemia. “Antes, muitas pessoas estavam acostumadas com a realização de pagamentos e a efetuação de outros serviços nas agências financeiras. Com a chegada da Covid-19, isso acabou gerando aumento na busca por produtos digitais, que são mais práticos e evitam o deslocamento e contato social”, comenta.

Essas empresas ou startups oferecem serviços financeiros com soluções mais simples e baratas para as pessoas. O termo fintech surgiu das palavras financial (financeiro) e technology (tecnologia). O diferencial está justamente na forma com que essas prestações de serviços acontecem. Totalmente digitais, elas utilizam a tecnologia como principal aliada em relação a outras empresas tradicionais do setor.

 

Quebra do SVB e os reflexos no mercado de fintechs

Recentemente, o mundo acompanhou a quebra do SVB (Silicon Valley), a 16ª maior instituição financeira dos EUA. Além disso, o banco também era conhecido por ser o principal financiador de startups.

Elevação de taxa de juros, redução do valor de seus ativos e saques depósitos não segurados foram os principais causadores do colapso. Esta foi considerada a maior quebra de um banco americano desde a crise global ocorrida em 2008. A situação de crise afeta o setor financeiro global, e ainda pode gerar impactos no mercado de investimentos das fintechs.

O SVB tinha participação importante no mundo de várias companhias, entre elas, startups brasileiras que faziam captação de investimentos de venture capital (capital de risco). Com a declaração de falência do banco, estima-se que essas startups tinham mais de US$10 milhões investidos, entre elas, fintechs brasileiras.

 

Repercussão nas grandes instituições financeiras

Com a notícia de quebra do SVB, surgiram algumas dúvidas sobre instituições financeiras expostas ao caso. Algumas delas, como o Nubank, Inter, Itaú, e empresas, como o Mercado Livre, já se pronunciaram sobre o ocorrido para aliviar seus clientes e investidores.

Apesar disso, economistas também revelam que outras 186 instituições dos EUA podem estar expostas a situações semelhantes a essa. Segundo estudo divulgado pelo Social Science Research Network, os juros altos aplicados pelo Federal Reserve (FED), podem deixar os bancos mais vulneráveis e em risco.

Jennifer ressalta que, com o ocorrido, os investidores também ficarão cada vez mais atentos e criteriosos antes de investir nesses negócios. Geralmente, é realizado o due diligence, processo que faz estudo sobre a empresa, e que tem como objetivo analisar os riscos antes do investimento.

Contudo, ainda há grande potencial de retorno por meio das fintechs através de programas de aceleração. Levando em consideração a quebra do banco SVB e outros fatores que possam atingir essas companhias, elas têm a oportunidade de participar desses programas e elevar seu nível e crescimento no mercado.

Isso é possível através de investimento e mentoria, permitindo que a companhia possa evoluir dentro do período atribuído e então, gerar um retorno do valor investido, que chega a ser em torno de 4 ou 5 vezes maior do que a aplicação inicial.

 

Dicas importantes para quem pretende investir em fintechs

Mas, antes de fechar um negócio com uma startup desse e de qualquer outro segmento, Jennifer Chen alerta que é necessário avaliar várias informações e ter cautela. A especialista alerta que é extremamente importante se atentar aos seguintes pontos:

  • Prestar atenção no contrato entre investidor/startup
  • Entender o produto e o serviço/TAM – Total Addressable Market (tamanho de mercado atingível)
  • Conhecer o mercado e o histórico da startup
  • Verificar base de clientes e cases de sucesso realizados pela empresa
  • Ter informações sobre sua equipe executiva/time
  • Saber mais sobre technology (tecnologia ou produto) e como será sua traction (tração de crescimento) e trenches (barreiras de entrada para novos compradores)
  • Considerar os riscos e o retorno ao fazer o investimento

“Essas são dicas importantes que todo investidor deve ter em mente”, ressalta.

 

Sobre Jennifer Chen

Jennifer Chen é CEO e fundadora da JC Capital, companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos para empresas.

Sócia da Wanaka Capital, empresa de soluções financeiras sob medida, credenciada ao Safra.

É considerada referência no mercado de conexões entre empresas e investidores, além de ser uma das poucas mulheres atuantes no setor de intermediação de negócios.

É formada em Business Administration na Lynn University, na Flórida (USA).

 

Sobre a JC Capital

A JC Capital é uma companhia que atua no mercado nacional e internacional através da captação de recursos no exterior para setores como agronegócio, hotelaria, infraestrutura, indústria, tecnologia, construção.

A empresa representa Fundos de Investimentos Privados e Bancos Internacionais no Brasil, o que permite a captação de recursos no exterior a custos muito favoráveis, com condições vantajosas para o desenvolvimento de projetos.

A JC Capital oferece uma equipe de estruturação de negócios que seleciona o fundo mais adequado ao perfil dos clientes, possibilitando operações com taxas de juros anuais, prazos de pagamentos e carências favoráveis, tudo de forma transparente, ética, segura e sustentável.


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