28/03/2023 às 18h47min - Atualizada em 29/03/2023 às 00h01min

Espetáculo discute papel da arte e do artista como espelho da realidade

Tragicomédia usa da metalinguagem para contar a história do Palhaço Augusto e refletir sobre a efemeridade do teatro

SALA DA NOTÍCIA Adriana Balsanelli
Adriana Balsanelli
Lenise Pinheiro
A história do espetáculo Só Riso - o arame, o palhaço e uma certa morte é marcada por encontros: entre o grupo de artistas criadores; entre os textos O Sorriso ao Pé da Escada, de Henry Miller, e O Funâmbulo, de Jean Genet; entre o real e o virtual; e entre o teatro, o circo e o musical. Todos eles formam uma história forte, que parte da discussão sobre o papel da arte e do artista como potente espelho da sociedade.
 
Com dramaturgia e direção de Claudia Schapira, a peça está em cartaz no Teatro Sesc Ipiranga até 16 abril, com sessões de sexta a domingo. Trata-se de uma tragicomédia musicada protagonizada pelos atores Sergio Siviero e Gui Calzavara, com dramaturgia cênica de Cibele Forjaz e direção de produção de Danielle Cabral (DCARTE).
 
A peça conta a história do palhaço Augusto (personagem do texto Sorriso) e seu magistral número para a lua. Junto de Augusto (Sergio Siviero), está o homem-banda (Gui Calzavara) que faz as vezes ora de antagonista, ora de inspiração, ora de duplo do próprio Augusto, com quem o personagem está conectado nesta jornada. Ao longo dessa história, Augusto vai sendo atravessado por frestas que refletem pensamentos sobre a atualidade.
 
A música tem um papel importante no espetáculo, com letras compostas por Schapira, musicadas pelos diretores musicais Demian Pinto e Gui Calzavara, e cantadas e coreografadas em cena, principalmente nos números de picadeiro. Além disso, há a presença do homem-banda, que vai tocando e sampleando ao vivo no palco.
 
O grupo nomeia o espetáculo de tragicomédia musicada justamente por fazer um trânsito entre linguagens artísticas, que busca a cumplicidade e a empatia da plateia. “O público ri e se emociona, embarca no lirismo dos palhaços e ao mesmo tempo reflete junto com os atores sobre a realidade e as dificuldades específicas de nosso momento histórico, pós-pandemia. Venham ver a peça, é dessas que dá para rir e chorar ao mesmo tempo”, complementa Forjaz.
 

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