Você já ouviu falar em psico e neuroarquitetura? Para os amantes de arquitetura e decoração, esses dois conceitos tratam o estudo que analisa como o ambiente físico impacta no comportamento humano e como o mesmo responde aos estímulos interagindo com esses espaços.
Segundo o arquiteto e designer de interiores, Guilherme Freiria, especialista em conceitos de psico e neuroarquitetura, existem estudos científicos que mostram que um ambiente mais humanizado, ergonômico, confortável e estimulante, influencia diretamente na produtividade no trabalho e no bem-estar.
" A psicoarquitetura é uma ciência nova que une arquitetura e psicologia para que a compreensão do que se deseja seja atingida de maneira profunda, alcançando um alto nível de conexão e assertividade nos projetos. Aqui, a arquitetura ultrapassa o âmbito estético e funcional, visando, sobretudo, os sentimentos e significados que os usuários atribuem para os espaços projetados, partindo do pressuposto de que tudo é emocional", pontua o arquiteto.
Considerando que a maioria das pessoas passa cerca de 90% do tempo em ambientes construídos, muitos aspectos destes ambientes fazem o nosso cérebro desenvolver diferentes sensações.
Na pratica, isso explica por que alguns gostam de madeira enquanto outros preferem pedra. Ou, por que outros preferem cinza ao invés de azul!
Já a neuroarquitetura visa a criação de ambientes mais funcionais, o que envolve uma certa informalidade e estímulos sensoriais alcançados na escolha de mobiliário, utilização de plantas e objetos de decoração, espaços de descontração, cores, elementos gráficos e texturas. detalhe o especialista.
Para elaborar um projeto de neuroarquitetura, tudo vai depender do tipo de ambiente, tamanho do espaço, além, é claro, das exigências do cliente e condições do entorno da construção.
Não existe um padrão para se construir e aplicar a neuroarquitetura, mas alguns pontos em comum que são importantes na hora de elaborar um projeto, como: a acústica, a iluminação, quais as cores utilizadas e o que elas refletem, por exemplo.
Assim, é fundamental que arquitetos e designers compreendam de fato como o cérebro do cliente responde aos estímulos externos e leve também em consideração suas experiências de vida e cultura, para projetar um ambiente personalizado e que proporcione bem-estar, já que isso é tudo na vida.