Coagro estima colheita de safra maior do que em 2022 e deve gerar cerca de 3 mil empregos diretos

Com a expectativa de uma produção maior do que a de 2022, a Cooperativa Agro Industrial do Rio de Janeiro, a Coagro, estima gerar cerca de três mil empregos diretos tanto na indústria, como na lavoura. No ano passado, a cooperativa moeu 834 mil toneladas de cana de açúcar e para este ano, a expectativa é de moer em torno de 900 mil toneladas.
 
De acordo com o presidente da Coagro, Frederico Paes, graças ao período chuvoso que acontece desde outubro do ano passado e tem se mantido, a cooperativa esta tendo uma recuperação muito importante, na produção de cana de açúcar. “A gente estava até esperando uma quebra de safra, que nós já tivemos da safra de 2021 para 2022. E agora com esse período chuvoso e um verão também, que promete bastante chuva. E com essa previsão de step, a previsão climática, a gente deve ter uma safra até maior do que o ano passado”, anunciou Paes destacando que tendo mais cana, é mais geração de emprego e mais renda para os produtores, com uma safra até melhor que a do ano passado.
 
Na safra, a contratação direta pela Coagro e a contratação dos cooperados, já que muitos trabalhadores são contratados diretamente pelos produtores, a estimativa é de que sejam oferecidos três mil empregos diretos. “Esses empregos são gerados pela safra da cana de açúcar, só através da Coagro e dos nossos cooperados. Sendo basicamente na área da indústria, em torno de 500 pessoas sendo contratadas nesse período e a parte administrativa acaba aumentando também o número de pessoas, pois precisa de mais gente para auxiliar na questão operacional da própria área administrativa e na lavoura”. Explicou. Ainda de acordo com Paes, a colheita da cana, o transporte, tudo isso tem toda uma logística. “Só para trazer a cana do cooperado para ser industrializada, daí já são gerados pelo menos, 1.500 empregos”, estimou.  
 
Para o presidente, o ano de 2023 terá uma safra mais açucareira, já que para o etanol existe uma preocupação com a Petrobras, com uma nova política de preço. “Para o consumidor final até que é bom, porque a gasolina fica com um preço mais achatado, mas a tendência é que o preço do álcool fique um pouco abaixo da gasolina, favorecendo a produção de açúcar”, reiterou. A cooperativa tem estimulado os produtores a plantar e cuidar mais de suas lavouras, oferecendo preços mais atrativos, que vem sendo oferecidos há dois anos. Este ano, a estimativa é de preços bons, principalmente por causa do açúcar.

- A Índia que é o maior produtor do mundo de açúcar, teve uma retração, uma quebra de produção. E isso faz com que o preço do mercado internacional melhore, fique um preço melhor lá fora e isso acaba puxando o preço aqui do açúcar pra cima. E a tendência é que o preço da cana, também melhore. Apesar do álcool a gente acredita que devido a política de preço da Petrobras, não vá subir muito e fique ali, sempre abaixo do preço da gasolina, o açúcar vai compensar e nós vamos fazer uma safra açucareira para pagar melhor os nossos produtores de cana. – Informou o presidente, elucidando que o consumidor final será favorecido no álcool. “O etanol mantem o preço mais baixo, o que favorece o consumidor final. Mas para nós é o inverso, a gente prefere um preço mais alto, porque acaba remunerando o nosso produtor de cana. E o produtor bem remunerado, ele planta mais, ele cuida mais e gera empregos. Então quanto melhor essa remuneração para o produtor, claro que é melhor para toda cadeia produtiva da cana”, explicou. Já o valor do açúcar, o consumidor final não verá muitas mudanças não, acredita-se que o valor deve manter o que já esta nos mercados.

Abaixo, o diretor da Rede Aurora de Comunicação, Germando Santos, o presidente da Coagro, Frederico Paes e a jornalista Vanessa Nascimento, durante a entrevista na Coagro.