19/09/2024 às 14h35min - Atualizada em 19/09/2024 às 14h31min
Primeira elevação da Selic no Governo Lula
José Alves de Azevedo Neto
Através do gráfico acima, observa-se a relação entre a taxa de juros Selic do Banco Central, a taxa de inflação pelo IPCA e a taxa de câmbio do país de 2021 a 2024. Tais valores representam a média anual de cada variável mostrada neste post, exceto em 2024, em que a média foi calculada até setembro.
Em 2021, a Selic era de 9,25%, a inflação estava no patamar de 10,06%, e a taxa de câmbio ficou em R$ 5,64 por dólar. Em 2022, o Banco Central (BACEN) elevou a Selic para 13,75%. A inflação teve uma pequena alta no curto prazo, chegando a 10,38%, enquanto o câmbio caiu para R$ 5,49 por dólar.
No ano seguinte, em 2023, a Selic se manteve estável em 13,75% dentro do arrocho monetário promovido pelo BACEN. A inflação sofreu uma queda significativa, atingindo 5,60%, e o câmbio, em função da entrada de mais dólares na economia nacional, caiu para R$ 4,95 por dólar, beneficiando brasileiros que adoram viajar, especialmente a classe média alta.
Agora, em 2024, até ontem, com a nova deliberação do Comitê de Política Monetária (COPOM), a Selic subiu de 10,5% para 10,75%. A inflação encontra-se em 4,35% e a taxa de câmbio está atualmente em R$ 5,40 por dólar, com tendência de queda. Segundo fontes do BACEN, podemos ter até o final do ano mais duas elevações da taxa Selic. Além disso, a recente redução de 0,5% nos juros dos Estados Unidos, promovida pelo Federal Reserve (FED), deve contribuir para uma maior queda da taxa de câmbio no Brasil.
Portanto, essa é uma pequena análise da conjuntura macroeconômica do nosso Brasil varonil. Vamos aguardar os próximos capítulos. Vale lembrar que essa é a primeira alta de juros sob o governo Lula, o que certamente deixou muitos insatisfeitos no governo do PT.