25/05/2019 às 11h19min - Atualizada em 25/05/2019 às 11h19min

Lição de amor: Homem adota 9 filhos e está em busca do 10º em Campos

Matéria especial em comemoração ao Dia Nacional da Adoção

Redação
Reprodução
Em comemoração ao Dia Nacional da Adoção, que neste sábado (25), o Jornal Aurora buscou histórias inspiradoras de famílias que decidiram receber um filho através da adoção.

O servidor público, Uanderson Barreto, de 39 anos, mora em Campos e iniciou o processo de adoção de nove filhos em 2011. “Eu já tinha tentado adotar em 2005. Eu fui a uma Instituição de acolhimento, gostei muito de uma criança e tentei adotar. Só que eu não consegui, até pela imaturidade. Então, levei o processo adiante, depois eu voltei em 2011”, explicou.

Uanderson teve como referência a avó que formou uma família com 10 filhos biológicos.  Mas, ele sempre soube que a família dele seria composta por filhos vindos da adoção. “Decidi adotar desde sempre, eu sabia que seria pai adotivo e que minha família seria de filhos vindos da adoção”, disse.

Segundo o servidor público, a primeira adoção aconteceu naturalmente durante visitas a um Instituto. Daí veio o João e posteriormente Daniel, irmão biológico do João. E assim, foram acontecendo as adoções, que de acordo com Uanderson, não foram demoradas.

“O processo de adoção não demorou muito, pois se trata de um processo de adoção tardia. De criança com problema de saúde, crianças negras, pois a preferência dos brasileiros são as crianças brancas”, relatou.

Durante entrevista, Barreto disse os adolescentes lidam muito bem com a adoção, pois já sabiam da situação e ficaram um bom tempo na instituição de acolhimento. “ Eles frequentaram psicóloga, onde tiveram conscientização, acompanhamento, terapia”, completou.

Uanderson está em processo para adoção do 10º filho, que é irmão biológico de dois filhos que já foram adotados pelo servidor público. “Ele ficou na Instituição pois tem paralisia cerebral, tem sequela de uma meningite, então ainda estou me adequando para recebe-lo”, finalizou.

GAANNF

O Grupo de Apoio de Adoção do Norte e Noroeste Fluminense (GAANNF) foi criado em 1998 com o objetivo de conscientizar toda população de que as crianças têm direito a família. Visando também, incentivar e preparar as pessoas e casais a adotarem, principalmente, crianças mais velhas.

“O grupo de apoio visa incentivar as famílias a adotarem crianças mais velhas, para os acolhimentos terem mais possibilidades de ficarem mais vazios e as crianças em idade avançada serem adotadas”, informou a Presidente do grupo de apoio, Mariza D’Ângelo.

Formado por cinco profissionais voluntárias, da área da pedagogia, psicologia, assistência social e técnica de enfermagem, o Gaannf trabalha assessorando as famílias que estão em processo de adoção. Levando informações sobre o assunto, promovendo reuniões e realizando dinâmicas para preparar a família para receber o filho.

“Cada família tem uma característica específica, por isso, preparamos essas famílias, abordamos assuntos que o Tribunal de Justiça orienta, como não falar mal dos pais biológicos, respeitar o tempo das crianças ”, explicou Mariza.
O Gaannf funciona na faculdade Universo, em Campos, e as reuniões acontecem todo terceiro sábado do mês, das 14h30 às 16h30. Os interessados em participar do processo de adoção podem estar entrando em contato com a Mariza D’Ângelo pelo número (22) 99945-2647, que a família estará sendo encaminhada para participar das reuniões com o grupo e será direcionada ao Juizado da infância  Juventude e Idoso (JIJI)
 para realizar o cadastro, entrega de documentos e pedir habilitação para a adoção.

“Já participaram famílias do Espírito Santo (ES), Juiz de Fora (MG), Macaé, Cardoso Moreira, Varre-Sai. Nós ajudamos a fortalecer a estrutura e o vínculo familiar”, completou Mariza.

Celebrar o Dia

Para lembrar a data, este ano será realizada a 2º Corrida da Adoção. O evento acontecerá neste domingo (26), às 08h30, na Avenida Arthur Bernardes, em Campos, e já conta com mais de 150 inscrições.

Segundo a presidente do Gaanf, Campos ainda é uma cidade patriarcal, por isso, a necessidade da realização de eventos para quebrar esse estigma, o preconceito e mostrar que as diferenças devem ser respeitadas.

A corrida contará com troféus, medalhas e muita diversão para todos que estiverem presentes.

 
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