Estudantes, professores e entidades ligadas à educação realizam manifestações em praticamente todas as capitais do Brasil nesta quarta-feira (15), em repúdio aos cortes de verba destinados ao ensino, anunciado pelo Governo do presidente Jair Bolsonaro.
Em Campos, um dos atos públicos foi realizado no calçadão Boulevard de Paula Carneiro, no Centro da cidade. Com cartazes, palavras de ordem e batucadas, os manifestantes seguiram pelas ruas do centro e nem mesmo a chuva foi capaz de espantar o movimento. O protesto foi organizado pelo Sindicato Estadual de Professores da Educação (Sepe).
Logo nas primeiras horas desta quarta-feira (15), aproximadamente 200 alunos também realizaram uma manifestação em frente à Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro (UENF). Em virtude ao movimento, a Avenida Alberto Lamego ficou interditada, mas já foi liberada.
Já os estudantes do Instituto Federal Fluminense (IFF), Campus Centro, em alguns momentos, fecharam trechos da Avenida 28 de Março. O tráfego no local ficou lento por mais de uma hora, mas também já foi liberado.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (15), em sua chegada a Dallas, nos Estados Unidos, que os estudantes em manifestação contra o corte de verbas para a Educação são "massa de manobra" e " idiotas úteis". Em sua opinião, eles são manipulados por uma minoria que comanda as universidades federais.
"É natural, é natural, mas a maioria ali é militante. Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais no Brasil" disse o presidente na porta do hotel onde ficará hospedado, cercado de manifestantes a seu favor.
Corte de Verbas
O Ministério da Educação congelou recursos tanto da educação básica quanto das universidades federais. Ao menos 2,4 bilhões de reais que estavam previstos para investimentos em programas da educação infantil ao ensino médio foram bloqueados.
O ministro, Abraham Weintraub, também declarou que haveria um corte de 30% no orçamento de universidades federais que promovessem “balbúrdia” e tivessem desempenho acadêmico abaixo do esperado.