29/07/2021 às 15h29min - Atualizada em 29/07/2021 às 15h29min

Campeã mundial de jiu-jitsu confirma polo do Programa Empoderadas em Campos

Jornal Aurora - Redação
Ascom
Aldo Vianna
No workshop Prevenção e Enfrentamento à Violência contra Meninas e Mulheres, da Subsecretaria de Políticas para as Mulheres, na sede da Fundação Municipal de Esportes (FME), na tarde desta quarta-feira (28), a campeã mundial de jiu-jitsu, Érica Paes, confirmou a instalação, no município, de um polo do Empoderadas, Programa da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.
 
“Empoderadas já é uma realidade em Campos. Agradeço ao prefeito Wladimir Garotinho, que já providenciou a contratação de uma professora, que já vai participar, no Rio, de capacitação com promotores e defensores públicos, juízes, delegados e outros profissionais, para ter conhecimentos sobre os crimes praticados em função do gênero e as formas de prevenção”, contou a também ex-lutadora de MMA, que ministrou palestra e deu um aulão de defesa pessoal para crianças e adultos que participaram do evento.
 
A atleta também palestrou, apresentando dados da violência contra a mulher e explicando o funcionamento do Empoderadas. “O esporte é nossa ferramenta de trabalho para atrair a participação de mulheres e meninas para o programa, que é muito importante para mudar os dados que temos. De 198 países do mundo, o Brasil é o quinto em violência contra a mulher e, de acordo com o Instituto de Segurança Pública, 68,9% dos estupros praticados no país as vítimas são menores de idade e a maioria delas do sexo feminino. No Empoderadas, nós fornecemos ferramentas para as mulheres e meninas poderem identificar as situações de risco e se proteger de ações de um possível agressor”.
 
E continuou: “Mais do que isso, o programa cuida tudo no entorno da mulher, porque entendemos que não é o medo que impede a mulher de denunciar, de registrar a violência doméstica; é a vergonha.  E entendemos também que a maior agressão para a mulher é ver um filho com fome, sendo que, muitas vezes, seu algoz é o homem que paga pela comida, o aluguel. Então temos a parte de cursos profissionalizantes, capacitação profissional, empreendedorismo e muito mais”, explicou Érica, lembrando que as ações também são estendidas a maridos, companheiros e filhos das “empoderadas”.
 
Érica contou sua história e falou do poder do tatame em sua vida, declarando que o jiu-jitsu a salvou de um estupro quando tinha 13 anos de idade, já uma revelação nacional na arte marcial. Ela ainda contou que, mãe adolescente, aos 17 anos, sofreu todas as formas de violência doméstica (psicológica, moral, física e financeira). “Não ensinamos a bater em homens. Nosso objetivo é ajudar mulheres e meninas a ressignificar suas vidas. Queremos que todas tenham a certeza de que ‘lugar de mulher é onde ela quiser’”.

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