10/03/2020 às 14h01min - Atualizada em 10/03/2020 às 14h01min

Dia Internacional da Mulher é pauta do programa 'A Voz de Campos' desta terça

Durante a progamação foram abordados diversos assuntos como: violência doméstica, violência patrimonial, Lei Maria da Penha, cultura do estupro, dentre outros.

Redação
Reprodução
Comemorado em 08 de março, o Dia Internacional da Mulher completou 45 anos de oficialização. Apesar, de muitas pessoas considerarem a data apenas como uma forma para homenagear as mulheres, ela foi instituída em 1975 para lembrar a luta e conquistas por igualdade das mulheres no mundo todo. Para abordar este importante tema que estiveram presentes no programa 'A Voz de Campos' desta terça-feira (10), a psicóloga, Conceição Gama, e a assistente social, Carol.

Com apresentação de Alex Reis e comentários de Luiz Henrique, o quadro 'Conversando com o Povo' iniciou a programação com a explicação sobre o Movimento Unificado de Mulheres em Campos dos Goytacazes. 

"É um movimento que reúne mulheres muito variadas. A gente começou enquanto coletivo feminista em 2016, quando teve um caso de estupro de uma estudante do Instituto Federal Fluminense (IFF), e nós, enquanto mulheres, pensamos que isso era tão repetitivo. A gente precisa de  política pública, de segurança pública, mas, o que a gente podia fazer pelas outras mulheres?", relatou Conceição.

De acordo com a psicóloga, uma das principais ideias do movimento foi criar uma rede para que as mulheres estivessem a maior parte do tempo acompanhada por outras mulheres. E, a partir o movimento começou a promover ações, campanhas e também consicentização contra violência. 

Atualmente, o movimento é composto por diferentes projetos com intuito de fortalecer a rede de apoio das mulheres, um exemplo é o  projeto de fotografia Araueras, que mostra a valorização da mulher do Brasil.  

"A gente tem um julgamento muito grande dos corpos das mulheres, de suas histórias. A gente tem um silêncio muito grande. E dentro do próprio movimento vendo outras 'manas' sofrendo opressão, apesar de lutar pela liberdade da outra, a gente criou esse projeto.", disse Carol.

Durante o programa, foram abordados diversos assuntos como: violência doméstica, que é a maioria dos casos atendidos pelo movimento, violência patrimonial, Lei Maria da Penha, cultura do estupro, dentre outros. 



A psicóloga Conceição explicou como ocorre o ciclo da violência doméstica:

"Existe uma exaltação, depois vai para as vias de fato, que pode ser uma violência psicológica ou física e até um caso de feminicídio. Mas, de cara não é isso que acontece. Começam pequenas agressões, muitas vezes verbais. Então, esse cara depois da explosão entra da fase de 'lua de mel'. Ele vai pedir perdão, vai dizer que nunca mais vai fazer aquilo e ele vai ser maravilhoso para aquela mulher, até que de novo entra na fase de tensão e violencia."

De acordo com Conceição, a violência doméstica também pode ocorrer dentro de um relacionamento homossexual. 

"A gente reproduz o sistema. Então, o machismo está dentro de toda sociedade, não só dentro do homem. E as vezes, uma mulher que se relaciona com outra mulher vai se colocar nesse papel, de que vai comandar a relação e colocar a outra como objeto."

A assistente social Carol relatou ainda a precariedade da Delegacia de Atendimento à Mulher de Campos em atender casos de agressão e violência doméstica. Além, da falta de preparo dos policiais em atenderem essas demandas. 

Para assistir o programa na íntegra
clique aqui ou acesse as plataformas digitais da Rede Aurora. 
 

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