03/03/2020 às 14h53min - Atualizada em 03/03/2020 às 14h53min
CCZ orienta população no combate ao caramujo africano
O controle indicado é a catação manual, com a devida proteção.
Supcom
Divulgação Com o aumento da incidência do Caramujo-gigante-africano (Achatina fulica) em diversos pontos de Campos, devido ao período de chuvas, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está orientando a população sobre as formas mais indicadas para o controle do molusco. Com isso, o órgão da Prefeitura colabora para que as pessoas evitem doenças ao contato acidental.
"O controle indicado é a catação manual, usando luva de borracha, látex ou cobrindo as mãos com saco plástico. Os caramujos podem ser colocados em salmoura (mistura de água com sal), ou direto no sal, em sacos plásticos ou outros recipientes, mas nunca direto no solo. Os moluscos também podem ser quebrados, colocando-os debaixo de uma tábua e pisando em cima"l orienta o médico veterinário do CCZ Flavio Soffiati.
Segundo Soffiati, após serem quebrados, os moluscos devem ser colocados em dois sacos plásticos de lixo, um dentro do outro, e deixados para a coleta. Também podem ser incinerados, caso haja estrutura, sem o risco de queimaduras. “Já se forem enterrados, é preciso utilizar cal para impermeabilizar a terra. Eles não devem ser descartados vivos no lixo ou terrenos baldios e nem consumidos ou usados como isca de pesca”, acrescenta.
Outra dica é sobre os cuidados ao consumir frutas e verduras produzidos no quintal, que podem ter tido contato com os caramujos. “Deve-se lavar bem frutas, verduras e legumes ter sito tocados pelo caramujo, pois o muco pode transmitir doenças. A higienização dos alimentos pode ser feita com hipoclorito de sódio (água sanitária)”, orienta o veterinário.
Ainda segundo Soffiati, as pessoas devem evitar entulhos e materiais inservíveis nos quintais, pois eles favorecem a permanência do caramujo no local. “O ideal é manter quintais e terrenos limpos. O uso de veneno é contraindicado, porque pode por em risco os animais domésticos e também crianças” lembra o especialista.
Trazido ilegalmente para o Brasil na década de 1980 como uma alternativa ao francês escargot (Helix sp), o gigante-africano não foi bem aceito e acabou abandonado, escapando dos velhos criatórios e se reproduzindo descontroladamente pelo país. Hermafrodita (possui os dois sexos), se reproduz de 4 a 5 vezes por ano e coloca até 200 ovos de cada vez.
Para mais orientações sobre como combater o Caramujo-gigante-africano, o contato é pelo telefone (22) 98126-5234, das 9h às 17h.