27/01/2020 às 10h30min - Atualizada em 27/01/2020 às 08h30min

Porciúncula decreta situação de emergência após cheia do rio Carangola

Decreto 2.000/2020 foi assinado na noite deste domingo (26) pelo prefeito de Porciúncula, Leo Coutinho

G1
Reprodução
O prefeito de Porciúncula, Leo Coutinho, assinou, na noite deste domingo (26), o decreto 2.000/2020 que declara situação de emergência na cidade por conta das chuvas que afetam o município desde o dia 21 de janeiro e das cheias registradas a partir da tarde de sexta-feira (24).

As inundações atingem, segundo a Prefeitura, 85% do território, deixando submersos bairros como o Centro, Operário, Ilha, João Braz, Nova Caeté, Nossa Senhora da Penha, Barra e Olívia Peres. Nessas regiões foram atingidas cerca de 4.500 pessoas.

Um homem morreu na enchente no Centro de Porciúncula, a única morte confirmada entre as oito cidades do Norte e Noroeste do Rio que passam pelas cheias. Em Itaperuna, um jovem que pulou no rio Muriaé com outros três amigos ainda é procurado.

"O decreto 2.000/2020 relata a ocorrência do desastre, sendo favorável à declaração de emergência em nível 02, conforme previsto na Instrução Normativa 02/2016 do Ministério da Integração Nacional", explica a Prefeitura.

O município explica que o rio Carangola chegou ao ápice na madrugada de sábado, alcançando o nível de 8,22 metros, sendo a cota de transbordo de 5,20m. Essa é considerada a maior enchente da história da cidade. Desde a manhã deste domingo a água baixa lentamente. Até a última medição, às 19h30, o nível do rio estava em 6,38m.

Visita governador

Na tarde deste domingo (26), o município recebeu a visita do governador Wilson Witzel, que anunciou a destinação de R$ 23 milhões para a cidade.

"São R$ 10 milhões para a Defesa Civil e R$ 10 milhões para a Secretaria de Desenvolvimento Social. Estamos aqui pra evitar que esse caos volte a acontecer novamente no ano que vem e trabalhar para que nós possamos atender, neste momento, as pessoas que estão precisando mais", afirmou Witzel.

Os outros R$ 3 milhões, ainda segundo o governador, vão ser aplicados na área da Saúde para o tratamento de possíveis doenças que possam surgir em função do contato da população com a água da chuva.

Água cortada e doações

O abastecimento de água foi cortado pela Cedae, situação que se mantém nesse domingo, segundo a Prefeitura.

O trabalho para atender a todos os moradores afetados envolve equipes da Prefeitura, da Defesa Civil municipal de estadual, Corpo de Bombeiros, voluntários, igrejas e clubes de serviço.

A Secretaria de Promoção Social montou três abrigos: nas escolas José de Lannes (Ciep), Orlinda Veiga e no Centro de Comercialização do Parque de Exposições.

"Os abrigados pela prefeitura estão recebendo alimentação e todo o suporte. Na noite de sábado (25), foram distribuídos colchões, cobertores, travesseiros e lençóis", explica a assessoria da Prefeitura.

No Centro Cultural Dr. Edésio Barbosa da Silva foi montado um ponto de entrega e organização de doações. A Prefeitura explica que a população está precisando de água para consumo e para uso doméstico, além de roupas e alimentos.

“Muita gente não acreditou nos alertas que foram dados na quinta-feira e preferiram ficar em casa. Com o aumento do nível, muita gente perdeu tudo. Estamos diante da maior enchente da história de Porciúncula”, concluiu Gilmar Gonçalves, secretário municipal de Defesa Civil.

Apesar da água já ter começado a baixar neste domingo ainda há muitas regiões alagadas. Só no bairro Operário, segundo a Prefeitura, foram 340 casas atingidas com água até o teto.


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