Nesta segunda-feira (02), o programa ‘A Voz de Campos’ abordou no quadro ‘A Hora da saúde’ dois temas importantes para serem debatidos e apresentados para a sociedade: A atual situação do Hospital psiquiátrico Dr. João Viana e o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Sob comando de Germando Santos e participação do Dr. Paulo e da psicóloga, Katerine Fontoura, o programa teve como convidado o diretor administrativo do Hospital João Viana, Edilson Cruz.
TOC
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é definido por uma série de obsessões e manias que a pessoa apresenta na rotina. É considerado uma doença grave e que está entre as dez maiores causas de incapacitação, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O transtorno obsessivo são ideias, pensamentos e impulsos que surgem de maneira repetitiva. Geralmente, eles vêm acompanhados de um sentimento de medo e culpa por serem inapropriados aos momentos. Alguns exemplos são: Limpeza e higiene; simetria com os objetos; autoimagem; acumulação.
“A pessoa se questiona por que aqueles pensamentos estão na cabeça dela e que não tem característica nenhuma com a personalidade dela.”, declarou a psicóloga Katerine.
E há o transtorno obsessivo compulsivo, que são as manifestações físicas das obsessões, gerando comportamentos ou rituais. Como: Lavar as mãos várias vezes; checar muitas vezes se uma porta está trancada, evitar lugares públicos.
No Brasil, cerca de uma pessoa a cada 50 sofre de transtorno obsessivo compulsivo e em torno de 30% dos que têm se recusam a passar pelo tratamento.
O TOC pode estar associados com fatores biológicos, envolvendo questões genéticas e neuroquímicas do cérebro, e psicológicos, como problemas para lidar com inseguranças e ansiedades.
“A técnica para o transtorno obsessivo compulsivo mais eficaz é a linha da terapia cognitiva comportamental. Que ai vai analisar onde estão os pensamentos distorcidos da própria realidade da pessoa. O porquê ela acredita tanto naquilo e precisa fazer sucessivamente aqueles comportamentos.”, explicou Katerine.
Abrigo João Viana
Não é de hoje que a saúde pública em Campos está um caos. Várias manifestações vêm acontecendo reivindicando o pagamento dos salários atrasados dos funcionários, melhoria na estrutura das unidades e atendimento digno à população.
No caso do Hospital Psiquiátrico Dr. João Viana que fez 72 anos em setembro deste ano, podemos destacar mais de quatro meses de salário atrasado, profissionais sem receber 13º salário desde 2017, além da falta de alimentação dos pacientes.
A unidade além do tratamento medicamental e de terapia, conta com diversas atividades para os pacientes, como: dança, basquete, bingo, pinturas. São 120 leitos com aproximadamente 64 pacientes que estão sendo prejudicados com o descaso do governo Segundo o diretor administrativo Edilson Cruz, mesmo com todas as dificuldades, os funcionários não abandonam o hospital.
“A gente está fazendo uma ginástica muito grande e os funcionários entendem isso. A gente paga 25% do salário com o recurso federal, ou 50%. Pois não dá para pagar integral, e nem com o recurso federal dá para pagar isso tudo.”, declarou Edilson.
O abrigo João Viana é o único hospital psiquiátrico em todo Norte e Noroeste Fluminense. E de acordo com Edilson, há um projeto social particular para as pessoas que não conseguem ser atendidas pelo SUS, com enfermaria masculina e feminina.
Nos últimos dias 26 e 27 duas manifestações foram realizadas na cidade pedindo pelo pagamento dos funcionários e por uma solução na saúde publica. Uma reunião foi marcada para esta segunda-feira (02), na sede da Prefeitura (Cesec) para que todas essas questões sejam abordadas.
Confira o programa na íntegra através do link: Aqui.
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