25/11/2019 às 13h44min - Atualizada em 25/11/2019 às 13h44min

Petroleiros da Bacia de Campos entram em greve nesta segunda (25)

A categoria aproveita a greve para participar do Dia Nacional do Doador de Sangue, estimulando uma doação em massa entre os trabalhadores da Petrobrás.

Ascom
Jornal Aurora
A categoria petroleira, em greve de 25 a 29 de novembro, participa do Dia Nacional do Doador de Sangue, estimulando uma doação em massa entre os trabalhadores da Petrobrás e de empresas do setor petróleo em todo o País. No Norte Fluminense, os petroleiros estão sendo orientados pelo Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) a realizarem doações nos hemocentros dos hospitais Ferreira Machado, em Campos dos Goytacazes, e São João Batista, em Macaé.

Segundo Bezerra, a greve tem dois objetivos: internamente a categoria cobra da Petrobras o cumprimento de cláusulas do Acordo Coletivo sobre segurança no trabalho e empregabilidade, e externamente o movimento para alerta a sociedade sobre os prejuízos causados pela venda de patrimônios da empresa.

“Temos ações comunitárias ao longo da greve para nos aproximar da população e dialogar sobre o que está acontecendo na Petrobras. Precisamos mostrar o quanto o petróleo poderia ser usado em benefício de todos os brasileiros, não apenas de alguns acionistas da empresa. O gás, a gasolina, o diesel, também poderiam ser mais baratos”, explica Bezerra.

Outro impacto denunciado pelo sindicato é a perda de empregos. Somente nos últimos anos, em razão da redução de investimentos da Petrobras e da venda de ativos, cerca de 40 mil empregos foram perdidos na cadeia produtiva do petróleo no Norte Fluminense. As vendas recentes de sete plataformas, por exemplo, provocaram a perda de 500 postos de trabalho.

“A previsão é ainda pior. Estão anunciando para março de 2020 a venda de mais plataformas da região, com impactos previstos de redução de mil empregos em empresas terceirizadas e disponibilidade de 400 petroleiros diretos, que estão sendo amontoados na base de Imbetiba, em Macaé, numa espécie de almoxarifado de peão”, denuncia o sindicalista.

O sindicato também argumenta que, além de gerar desemprego, a política atual do governo federal para a Petrobras tem gerado queda na produção e, consequentemente, queda no repasse nos royalties do petróleo para estados e municípios.

A greve, realizada em todas as bases da FUP (Federação Única dos Petroleiros), não atinge a produção e distribuição de combustíveis para a população. O movimento é realizado por meio da Operação Emprego e Segurança, com atividades nos locais de trabalho, durante toda a semana, para levantar irregularidades praticadas pela gestão da Petrobrás em relação às normas regulamentadoras, ao acordo coletivo e à legislação.


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