19/10/2024 às 16h21min - Atualizada em 19/10/2024 às 16h21min

MPRJ denuncia proprietários de campo de futebol e eletricista pela morte de criança, em São Fidélis

Guilherme Moreira Dias morreu em em julho; a vítima abaixou-se atrás do gol para pegar um coco no chão e sofreu uma descarga elétrica ao tocar no alambrado.

- Redação
G1
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro denunciou à Justiça nesta sexta-feira (18) um eletricista e os proprietários de um campo de futebol no município de São Fidélis, por homicídio culposo.

De acordo com a Promotoria de Justiça Criminal de São Fidélis, os denunciados tinham ciência de que as grades do campo estavam causando choques elétricos, o que resultou na morte de Guilherme Moreira Dias, de 11 anos, em julho de 2024.

Segundo a denúncia, os proprietários do campo foram negligentes, pois haviam sido avisados por um treinador de futebol de que algumas crianças haviam sentido choques elétricos no alambrado que cercava o campo.

O eletricista, por sua vez, foi acusado de imperícia por não seguir as normas de segurança atualizadas. De acordo com a ação penal, o eletricista não tomou as medidas necessárias para reduzir o risco de lesões causadas por choque elétrico, não instalou os equipamentos de segurança exigidos e deixou de realizar os reparos necessários para cessar as descargas elétricas no local.

A Promotoria também destacou que um dos proprietários do campo entrou em contato com o professor de futebol, informando que ele poderia retomar as aulas, pois o eletricista teria resolvido o problema.

No entanto, no dia 9 de julho de 2024, a vítima se abaixou atrás do gol para pegar um coco no chão e, ao tocar no alambrado do campo, sofreu uma descarga elétrica. O menino desmaiou e, apesar de ter sido socorrido, morreu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória.

Os responsáveis pelo campo de futebol, disse que "O advogado irá se pronunciar no momento em que achar conveniente''. Até o fechamento desta reportagem não conseguimos contato com a defesa do eletricista.

O pai da vítima informou que a família não está satisfeita com a indicação da promotoria e pede por justiça para o Guilherme.

 
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