02/02/2024 às 19h25min - Atualizada em 02/02/2024 às 19h25min

Rio vive epidemia de dengue com mais de 10 mil casos foram em janeiro

Apenas no mês passado, cidade teve quase metade do número de ocorrências em relação ao ano inteiro de 2023

O DIA
Com a alta no número de casos e recorde de internações, o município do Rio de Janeiro entrou em estágio de epidemia de dengue. A informação foi confirmada pelo prefeito Eduardo Paes e pelo secretário de Saúde, Daniel Soranz, nesta sexta-feira (2), durante coletiva de imprensa.

De acordo com os dados apresentados nesta manhã, apenas em janeiro a cidade teve quase metade do número de casos de dengue em comparação ao ano de 2023 inteiro. No último mês foram registradas 10.162 mil ocorrências da doença, enquanto ao longo do ano passado tiveram 22.959 mil doentes. Já o número de internações bateu recorde no primeiro mês do ano, com 362 pacientes hospitalizados no município.

"Para configurar epidemia, é necessário que a gente tenha um número de casos espalhados em mais de uma região da cidade. A gente tem um número de casos de dengue espalhados em todo o Rio de Janeiro. Nos últimos 90 dias, a curva é ascendente, a gente chegou a ter em único dia 569 casos notificados", explicou Soranz.

Para atender ao grande número de casos, a prefeitura decidiu implementar 'Polos de Dengue', espaços que serão dedicados ao atendimento de pacientes com a doença. Os 150 centros de tratamento e hidratação, que já tinham sido estruturados para as ondas de calor, agora serão utilizados para tratar pacientes com dengue. Além disso, alguns leitos de hospitais municipais de referência e unidades de atenção primária serão separados para atender a esses pacientes.

O secretário de Saúde e o prefeito, no entanto, reforçaram que o combate à dengue precisa ser apoiado pela população. De acordo com uma pesquisa realizada pelo município, a maior parte dos focos de aedes aegypti estão em locais considerados depósitos móveis, ou seja, vasos de plantas, pingadeiras, recipientes que ficam atrás de bebedouros e objetos religiosos.

O segundo maior foco vem de depósitos fixos, que são tanques, hortas, calhas, lajes, ralos, vasos de cemitério e sanitários.

"Tem situações que dependem basicamente das autoridades, do poder público. Esse é o caso típico que é um esforço coletivo. Nós não vamos resolver tudo, não vamos conseguir entrar em todos os terrenos abandonados dessa cidade e ficar limpando os focos de dengue", disse Paes.

A dupla também reforçou que o canal 1746 serve para casos de emergência. "É muito importante que as pessoas liguem para o 1746 somente quando elas próprias não conseguirem resolver a eliminação dos foco", explicou Daniel.
Vacinação

O público-alvo da vacinação no município do Rio de Janeiro serão os pré-adolescentes, entre 10 e 14 anos, que totalizam 354 mil cariocas. De acordo com a Prefeitura, as Clínicas da Família e Centros Municipais estão preparados para a campanha e aguardam liberação da Anvisa para iniciar a ação.

O objetivo da Secretaria Municipal de Saúde é vacinar todo o público-alvo em até sete dias.

 
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