11/12/2023 às 10h03min - Atualizada em 11/12/2023 às 10h03min

RJ tem tendência de alta de casos de dengue, segundo painel do Governo do Estado

Secretária não descarta a possibilidade de epidemia e chama a atenção para o risco de reinfecções. Primeiro caso do tipo 4 da doença foi registrado esta semana.

Jornal Aurora - Redação
G1
O Estado do Rio de Janeiro apresenta tendência de alta nos casos de dengue para a próxima semana. A informação é do painel de monitoramento da situação epidemiológica do Governo do Estado.

De acordo com a secretária, a circulação simultânea de diferentes sorotipos aumenta a possibilidade de epidemias e reinfecção da doença.

“Nos últimos anos, notamos a circulação dos tipos 1 e 2. A entrada de um novo sorotipo, como aconteceu nesta semana em relação ao tipo 4, nos deixa em alerta, uma vez que parte da população fica mais suscetível à infecção”, explicou Cláudia Mello, secretária de Saúde do Estado do Rio de Janeiro.

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Até a última sexta-feira (8), o estado registrou 43.205 casos da doença, com 2.481 internações e 25 óbitos este ano. Ainda de acordo com o painel do Governo do Rio de Janeiro, o perfil mais acometido pela doença são mulheres entre 20 e 29 anos, de cor branca ou parda.

Tipo 4
A tendência de alta acontece na mesma semana em que foi confirmado o primeiro caso de dengue tipo 4 na cidade do Rio de Janeiro.

A paciente que está com esse tipo de dengue é uma mulher de 45 anos que começou a ter os sintomas no dia 26 de novembro. A amostra sanguínea foi submetida a três testagens diferentes até a confirmação do diagnóstico.

Segundo a secretária Claudia Mello, o tipo 4 é um pouco menos agressivo do que o 3 - que ainda não foi visto no estado do RJ.

Os sintomas são:

Febre;
Dores de cabeça;
Dores no corpo e articulações;
Náuseas e vômitos;
Podendo ainda surgirem manchas vermelhas na pele.
Equipamentos
Visando a uma rápida resposta em caso de epidemia, a Secretaria de Saúde também adquiriu, de forma preventiva, equipamentos para montagem de salas de hidratação nas cidades que solicitarem suporte.

Os estoques de soro, antitérmicos e analgésicos também receberam reforço.

“Assim como os sintomas, o manejo clínico da dengue tipo 4 é o mesmo dos tipos 1, 2 e 3 desde a avaliação às recomendações de tratamento”, destacou Daniela Vidal, médica da Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.

Recorde na capital
A cidade do Rio bateu recorde de casos dos últimos 7 anos. Mesmo antes do mês de dezembro acabar, a capital já teve mais de 20 mil casos da doença. São quase cinco vezes mais do que no ano passado inteiro, que teve cerca de 4,6 mil casos. É o maior número desde 2016, quando a cidade teve quase 26 mil casos.

O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, alerta que o papel da população em evitar a proliferação do mosquito é fundamental.

"Já é um sinal de alerta para o próximo verão. Por isso é muito importante que todos estejam atentos à eliminação do foco do mosquito aedes aegypti. De cada três pacientes que têm dengue na cidade do Rio de Janeiro, dois tiveram focos do mosquito dentro do próprio domicílio do paciente. O clima com mais chuvas facilita a proliferação do aedes. Por isso é muito importante que a gente esteja atento à essa eliminação”, disse Soranz.




 
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