A Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (A APTA Regional), vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo (SAA), leva para “Exposição Técnica de Horticultura de 2023” (Hortitec 2023) pesquisas com destaque em culturas como a de abacaxi, banana, cacau e pupunha.
O evento ocorre em Holambra, no interior de SP, entre os dias 21 e 23 de junho. As tecnologias da pasta apresentadas no encontro fazem parte dos Sistemas de Produção Resilientes às Mudanças Climáticas, das Novas Fontes de Alimento com Características Nutracêuticas e de Cultivares Resistentes a Doenças de maior Produtividade e Precocidade.
Para Daniel Gomes, diretor geral da APTA Regional, as tecnologias geradas ao longo de décadas de pesquisas segue como alicerce para a agricultura paulista, sendo referência em diversos setores da agropecuária. “As tecnologias geram oportunidades de negócios, trabalho e renda ao produtor rural e atendem demandas de consumo da população que busca por uma cadeia produtiva mais sustentável”, afirma.
Além dos produtos já citados, também são apresentados pesquisas em uvas agroecológicas para indústria e em plantas alimentícias não convencionais (PANCs), além da tecnologia de produção de hortaliças folhosas no verão da Regional de Presidente Prudente.
A pesquisa e a inovação da APTA Regional na horticultura visam o desenvolvimento sustentável do meio rural, o crescimento econômico do PIB do Agro Paulista, respeitando o meio ambiente. A atuação descentralizada da APTA Regional – presente em diversas regiões do estado de São Paulo – aproxima a pesquisa dos horticultores das diferentes cadeias produtivas.
A APTA Regional possui a Rede Agroecológica Regional (RAR), criada em 2022, que envolve 20 pesquisadores de 11 unidades regionais. Os projetos científicos da Rede, com bases agroecológicas para produção de alimentos, buscam desenvolver uma agricultura socialmente justa, produtiva e sustentável, com o mínimo de interferência de insumos agroquímicos.
Rosas de corte – controle de mofo
Para esta edição da Hortitec, a APTA Regional de Piracicaba levará o estudo sobre o controle do mofo cinzento em rosas de corte. Em parceria com a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ) e a Unesp de Rio Claro, a unidade regional está desenvolvendo pesquisas em busca do controle alternativo dessa doença. Os estudos são feitos por meio de películas de HPMC (hidroxipropilmetilcelulose), em associação com óleos essenciais.
Segundo a pesquisadora da APTA Regional de Piracicaba, Marise Cagnin Martins Parisi, o mofo cinzento, causado pelo fungo Botrytis cinerea, é uma das principais doenças da cultura, acarretando perdas expressivas no campo e, principalmente, na pós-colheita. “O controle da doença é realizado principalmente com fungicidas.”
“Com a emergente necessidade de obtenção de meios mais sustentáveis para a agricultura, a adoção de técnicas alternativas tem figurado como uma ótima estratégia no manejo das doenças de plantas”, ressalta Marise.
A rosa (Rosa hibrida L.) é uma das flores mais comercializadas no mundo, contribuindo com cerca de 65% do comércio de flores de corte no mercado global. No Brasil, a produção da rosas se concentra no estado de São Paulo, principalmente nos municípios de Holambra e Atibaia. Estados como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Sul, também contribuam na produção brasileira.
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